Nesta quarta-feira (1º) foi divulgado o Índice Nacional de Confiança (INC) e de acordo com o estudo, o consumidor pertencente às classes D/E foi o que apresentou o maior recuo na confiança. O indicador medido nas classes menos favorecidas caiu cinco pontos, ao retrair de 84 para 79 pontos entre os meses de dezembro e janeiro.
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O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, sobre o recuo avalia que, “a crise fiscal atingiu a maioria dos estados e [como consequência] reduziu benefícios sociais, destinados justamente a esse perfil de consumidor ”.
Nas outras classes o INC também apresentou recuo. Na A/B a queda foi de 68 para 65 pontos, e na classe C a variação foi de 81 para 79.
Além desse recorte, a instituição também apurou um panorama sobre a confiança do brasileiro. Segundo o levantamento realizado entre os dias cinco e 18 de janeiro em todas as regiões do País, a confiança do consumidor foi de apenas 77 pontos. A ACSP alerta que o INC varia de zero a 200 pontos, sendo os números a baixo de 100 preocupantes, pois fazem parte do campo pessimista.
Comparativo
A nota oficial divulgada aponta que em janeiro de 2016 o indicador era de 75 pontos. Entretanto, existe a margem de erro de três pontos que abre uma brecha para a interpretação de que a confiança do brasileiro, na realidade, se manteve estável no último ano. No comparativo com dezembro de 2016, uma alta foi registrada. No último mês no ano, a taxa do INC foi de 79 pontos.
“O brasileiro segue pessimista com o atual momento do País, mas está um pouco esperançoso em relação ao futuro. É preciso que o governo vá ao encontro dessa esperança e continue cortando gastos. Assim, o Copom poderá reduzir cada vez mais a taxa Selic, na esteira da queda inflacionária, para que a economia volte a girar”, comenta Alencar Burti.
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Regiões
Por mais que o Índice Nacional de Confiança tenha mantido certa estabilidade no País, há singularidades pelo território nacional. Segundo o levantamento, o Sul apresentou queda de 99 para 80 pontos no período analisado pela Associação Comercial.
O INC do Nordeste também despencou de 77 para 69 pontos. As duas regiões citadas obtiveram negativas por causa do campo. A primeira pela grave dificuldade fiscal no setor agrícola e a segunda pela estiagem que atinge a agropecuária.
Por outro lado, o setor agrícola pode ser a esperança para os consumidores das regiões Norte e Centro-Oeste. Segundo o indicador, são as únicas áreas aonde o INC chega próximo aos 100 pontos, uma vez que as taxas subiram de 96 para 99 pontos.
O Sudeste apresentou uma variação parecida com a do estado de São Paulo. No primeiro, a variação foi de 68 para 72 pontos, já no segundo de 62 para 66 pontos. O motivo pelas altas são as quedas nos indicadores da inflação, do juros e o otimismo da agricultura local.
Expectativas
Em relação ao futuro, 21% dos entrevistados acreditam em uma piora do cenário econômico pessoal para os próximos seis meses. Entre os que creem em uma melhora, a porcentagem sobe para 38%.
Já sobre a situação financeira atual, 53% avaliam como ruim. De acordo com a Associação Comercial de São Paulo, o pessimismo se deve pelo período de recessão vivida no País, visto que 51% se encontram inseguros com relação ao desemprego.
Outra variação apresentada foi que a média de pessoas que conhecem pessoas que foram demitidas nos últimos seis meses subiu. Se em dezembro de 2016 a pontuação era de 5,73, neste mês os números subiam para 5,82, de forma que o consumidor tema pelo seu emprego.
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