Questionado nesta terça-feira (2) sobre o protesto de policiais que querem condições diferenciadas na reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro disse que esta questão está sendo negociada, mas que "todo mundo vai ter a sua cota de sacrifício". Ele ainda chamou de natural o que classificou como "lobby".
"Está sendo negociado. Liguei para o [Maurício] Valeixo, o DG (diretor-geral) da Polícia Federal. Estamos tratando do assunto, é natural os lobbies, mas todo mundo vai ter a sua cota de sacrifício, como as Forças Armadas tiveram", declarou Bolsonaro sobre as mudanças na Previdência
.
O presidente disse ainda que a inclusão de estados e municípios na proposta tambem está em negociação, mas ponderou que "essa discussão mudou de campo".
"O campo é o Parlamento, do outro lado da pista. Agora, para entrar estados e municípios os governadores, em especial do Nordeste, de esquerda, têm que votar favorável. Até pouco tempo eles queriam que fosse aprovada a reforma com o voto contrário deles para não ter desgaste", disse Bolsonaro .
Ele também falou sobre o que chamo de "desgaste no Parlamento". "E tem desgaste no Parlamento, sempre tem. Agora há um sentimento dentro do Parlamento, fora também, que temos que mudar. Se não mudar o Brasil aí vai ter mais problemas econômicos do que ja temos no momento", afirmou.
Bolsonaro contou que conversou com o relator da proposta da Previdência
na comissão especial na Câmara, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), e disse que o governo quer "fechar" nesta terça a leitura do relatório.
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"Lógico que o grande trabalho é feito pela equipe econômica do Paulo Guedes, por outros ministros, com as lideranças nossas, e eu participo daquilo que é possível".