O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse estar otimista com a aprovação da reforma da Previdência do jeito como ela foi enviada pelo Ministério da Economia ao Congresso. A declaração foi feita durante uma entrevista coletiva logo após uma reunião com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Quando questionado sobre a reunião de governadores que debateu a reforma , Bolsonaro disse que o resultado do encontro foi "frutífero". "A reunião foi oportuna, bem-vinda para o momento crucial em que o Brasil se encontra. Estamos comemorando hoje a batalha do Riachuelo. A nossa batalha do Riachuelo é a aprovação da reforma da Previdência . Com essa vitória, se Deus quiser, poderemos sonhar com um país próspero", disse o presidente.
Bolsonaro encerrou a entrevista coletiva ao ser perguntado sobre o vazamento de conversas entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba. O caso, revelado pelo jornal The Intercept Brasil , ficou conhecido como "Vaza Jato".
Apoio de governadores
Reunidos em Brasília, os governadores condicionaram o apoio mais efetivo à reforma da Previdência ao atendimento de quatro reivindicações que alteram significativamente o texto apresentado pelo governo federal. Eles querem excluir as propostas para o BPC (Benefício de Prestação Continuada), para a aposentadoria rural, sobre o sistema de capitalização e a desconstitucionalização dos parâmetros da Previdência Social.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), um dos organizadores do Fórum de Governadores, afirmou que os chefes dos estados vão aguardar a decisão do relator Samuel Moreira (PSDB) sobre as exigências apresentadas para assinarem um documento em que se comprometem a trabalhar para aprovar a reforma. Essa é uma condição imposta pelos parlamentares para manter estados e municípios na proposta.
Ibaneis ainda afirmou que seu partido deverá fechar questão pela aprovação da reforma da Previdência se o relator acatar os quatro pontos defendidos pelos governadores. Segundo o emedebista, Moreira ficou de dar uma resposta na próxima quarta-feira (12), depois de se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e líderes dos partidos. Apenas PSL, Novo e PSDB já prometaram apoio ao texto .