Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
"Existe a possibilidade de que Paulo Guedes possa vir [na comissão especial] já na quarta", adiantou Major Vitor Hugo (PSL)

O governo negocia o depoimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, para debater a reforma da Previdência em comissão especial da Câmara dos Deputados já na próxima quarta-feira (8). Nesta segunda (6), após reunião entre o relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB), e o líder do governo na Casa, Major Vitor Hugo (PSL), ambos falaram sobre a participação de representantes do Executivo na comissão.

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"Tive conversas no fim de semana com o Rogério Marinho [secretário Especial da Previdência]. Existe a possibilidade de que o ministro Paulo Guedes possa vir já na quarta-feira. Não houve uma definição do fim de semana para cá. Mas vou fazer o contato", declarou Major.

O líder do governo acrescentou que vai ter uma reunião amanhã (7), às 11h, com coordenadores das bancadas partidárias para debater o assunto. "Já temos uma proposta de acordo de procedimentos que garanta o contraditório, que permita a alternância de deputados", adiantou.

Já Samuel Moreira disse que o importante é receber, nesta semana, representantes do governo. Se Paulo Guedes não for o convidado, um técnico ou secretário poderão falar.

O relator não quis adiantar possíveis mudanças no texto, mesmo em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e à aposentadoria rural. Estes pontos, por consenso entre os partidos, devem ser alterados.

Samuel Moreira destacou ainda que a reforma da Previdência é o primeiro passo para destravar a agenda econômica do Brasil, mas não o único. Ele também defendeu uma reforma robusta, como o governo, que prevê economia de R$ 1 trilhão. "Não há direitos garantidos sem orçamento. Então, desidratar não é ideal", defendeu o deputado.

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Segundo projeção de Major Vitor Hugo , o governo pode ter até 36 dos 49 votos na comissão entre os membros titulares. "Nós fizemos um levantamento. Se os partidos que apoiaram a admissibilidade na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], que são basicamente os partidos que não se declararam da oposição... Aqueles que querem votar a reforma seriam 36, vencidas as ansiedades e inquietações em torno de pontos específicos", calculou o deputado.

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