A Amazon inaugurou nesta semana um novo modal de entrega dos produtos. Desde segunda-feira (7), está em operação no Brasil o serviço de transporte aéreo, fruto da parceria entre a multinacional de e-commerce e a Azul Cargo, transportadora da Azul Linhas Aéreas.
O objetivo do acerto foi para melhorar a capacidade de frete na região norte do país. Como consequência, os prazos para entrega no caso de capitais como Manaus (AM) e Belém (PA) caíram de cinco dias de média para dois. Em Macapá, que a espera dos clientes chegava a sete dias, agora esse tempo foi reduzido para três.
A parceria, iniciante no país, ainda não se compara aos aviões de cargas exclusivos e envelopados com o logo da companhia, como acontece nos Estados Unidos, sob o nome de Prime Air. No entanto, representa um passo importante em direção a isso. A expansão do projeto brasileiro vai depender do crescimento da demanda a partir de agora.
Para viabilizar o acordo, a Amazon garantiu um volume mínimo de espaço contratado na barriga dos aviões comerciais. Em outras palavras, a companhia compra um espaço do bagageiro das aeronaves, com pelo menos um voo por dia diariamente. Os pacotes saem de um centro de distribuição em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, para as cidades do norte brasileiro.
"Nosso objetivo é o sorriso do cliente. A gente não tem noção do impacto que causamos na vida das pessoas", explica Rafael Caldas, líder da Amazon Logistics no Brasil, ao justificar os valores da companhia que movem a ação.
Atualmente, a empresa já entrega em 100% dos municípios brasileiros, combinando a operação própria com a de parceiros (Loggi, Sequoia, Jad Log, Correios e Total Express). "A Azul é a companhia aérea mais pontual do mundo, e vamos trabalhar com essa mesma eficiência para entregar os pacotes da Amazon nas regiões Norte do país, alinhando agilidade, qualidade e baixo custo", destacou Izabel Reis, diretora da Azul Cargo.
Tecnologia e futuro
Na quinta-feira (10), a Amazon reuniu representantes de 18 países em Boston, nos Estados Unidos, para apresentar os investimentos da companhia em projetos de tecnologia para atender as necessidades de clientes, funcionários e reduzir custos. O encontro aconteceu na fábrica de projetos e construção de robôs da companhia.
"Uma grande parte do meu trabalho é imaginar como vai ser na próxima década, desenvolver a tecnologia que alimenta a inovação", ressaltou Joe Quinlivan, vice-presidente da Amazon Robotics.
O evento deixou claro que uma boa parte desse futuro está no ar. Além do fretamento de avião, a operação já conta com drones autônomos que entregam 500 mil pacotes anualmente. para cidades como Seattle e Boston, nos Estados Unidos. A tecnologia vem ganhando grande parte da atenção da empresa para que seja possível a expansão do projeto. "A gente quer ser o mais rápido, mais confiável, mas também queremos ser o mais seguro para clientes e para a comunidade", destacou David Carbon, vice-presidente do Prime Air.