O presidente Jair Bolsonaro negou na manhã desta sexta-feira (26) que tenha atendido interesse de construtoras ao liberar saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) com limite em R$ 500, e disse que "acha difícil" o Congresso aprovar um aumento no valor do saque, embora os parlamentares tenham o direito de alterar.
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Bolsonaro ressaltou, no entanto, que é preciso mostrar de onde tirar recursos para dar continuidade ao programa Minha Casa, Minha Vida. "Acho difícil eles (parlamentares) tomarem medida nesse sentido, mas tem todo o direito de tomar. Se na ponta do lápis, eles falarem que não será atingida a construção de casa popular no Brasil, não tem problema. Depende de eles mostrarem. Matemática não tem como fugir. Dois e dois são quatro e ponto final", afirmou o presidente.
A medida provisória (MP) que limitou o saque emergencial em R$ 500 neste ano, por conta ativa ou inativa do FGTS , foi assinada nesta quarta-feira (24). O presidente ressaltou ainda que o governo procurou atender 82% de pessoas com saldo abaixo do valor máximo permitido para saque.
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"Alguns falam que eu atendi interesses de construtoras. Não, atendi interesse do povo não majorando isso, porque nós temos que ter recursos para continuar o programa Minha Casa, Minha Vida , que é muito importante para quem não tem onde morar. Essa que é a nossa intenção", argumentou.