Reforma tributária vai unificar impostos e modificar IR, diz secretário Por Brasil Econômico | 08/07/2019 15:24:44 - Atualizada às 08/07/2019 15:31:44 Home iG › Economia › Finanças Pessoais Projeto a ser apresentado pela equipe econômica do governo "em breve" ainda deve contemplar um novo tipo de contribuição sobre pagamentos Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 15.4.19 Segundo Waldery Rodrigues Júnior, a reforma tributária não está fechada porque o governo ainda quer 'ouvir o Congresso' O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior, anunciou nesta segunda-feira (8) que o projeto de reforma tributária da equipe econômica do governo será enviado em breve ao Congresso e vai contemplar três pontos: a unificação de impostos federais, uma contribuição sobre pagamentos e a reformulação do Imposto de Renda. Leia também: Governo vai focar em privatizações e reforma tributária no 2º semestre Segundo o secretário, a proposta de reforma tributária não está fechada porque o governo ainda quer "ouvir os secretários e o Congresso Nacional" e está avaliando sugestões de empresários e especialistas na área. Mas Rodrigues Júnior adiantou que a ideia de criar um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) dual, isto é, um federal e outro estadual, é "bastante simpática" à equipe econômica. As declarações do economista foram feitas no debate "Os caminhos da política fiscal no Brasil", promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), em Brasília. Reforma do centrão No último dia 22 de maio, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da reforma tributária apresentada por Baleia Rossi (MDB) e encabeçada por deputados do centrão . A proposta acaba com três impostos federais (IPI, PIS e Cofins), com o ICMS, que é estadual, e com o ISS, municipal. No lugar desses tributos, é criado o IBS (Imposto sobre Operações com Bens e Serviços), de competência de municípios, estados e União, além de um outro imposto, sobre bens e serviços específicos, este de competência apenas federal. O tempo de transição seria de dez anos. O projeto também prevê mecanismos – como um longo tempo de transição, por exemplo – para garantir que não haja aumento da carga tributária. No primeiro ano, o IBS vigoraria com uma alíquota de 1%, que inicialmente substituiria uma redução na cobrança da Cofins. Aos poucos, o imposto seria calibrado para repor as receitas dos tributos extintos. No fim do processo, segundo estimativas, o IBS deve ter alíquota de 25%. Leia também: Governo prepara "medidas tributárias" para evitar mais bloqueios no Orçamento Por ora, a reforma tributária do centrão ainda aguarda análise do plenário da Câmara, onde pode receber emendas e acabar incorporando ideias do próprio governo. Link deste artigo: https://economia.ig.com.br/financas/2019-07-08/reforma-tributaria-vai-unificar-impostos-e-reformular-ir-diz-secretario.html