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Para Marcelo Caetano e Bruno Bianco, reforma tornará a Previdência Social mais justa para os trabalhadores
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 9.2.2018
Para Marcelo Caetano e Bruno Bianco, reforma tornará a Previdência Social mais justa para os trabalhadores

O governo poderá elevar a cobrança de impostos se a reforma da Previdência não for aprovada no Congresso. A declaração foi feita nesta sexta-feira (9) pelo secretário de Previdência Social, Marcelo Caetano, depois de uma entrevista à  TV NBR .  "Teremos de aumentar tributos ou comprimir gastos", disse, em referência às medidas que poderiam ser tomadas pelo governo caso o projeto seja reprovado.

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O secretário da Previdência afirmou, ainda, que, se não for possível reduzir o deficit, o governo precisará ao menos fazer com que ele pare crescer. "Queremos evitar o aumento de tributos porque os brasileiros já pagam quatro meses por ano em tributos. Mas se não fizermos a reforma, o tributo, que já é alto, poderá ser elevado", explicou.

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Caetano defendeu que a reforma previdenciária visa "garantir um serviço público de melhor qualidade". Ele lembra que, no ano passado, o deficit estava em R$ 268 bilhões. "É mais do que vale uma empresa como a Petrobras, e é um número que cresce. Desde 1995, quando o deficit era de R$ 1 bilhão [em valores que consideram a inflação], a Previdência Social apresenta deficits milionários que só crescem", argumentou.

Para o assessor da Casa Civil, Bruno Bianco, que também participou da entrevista à TV NBR , as mudanças tornarão a Previdência "mais justa, correta, equalizada e equânime". "Ela mantém a possibilidade de aposentadorias especiais para deficientes e pessoas que trabalham com agentes nocivos ou algo que faça mal à sua saúde", afirma. "Obviamente sofre alterações mais ainda existirá a possibilidade de aposentadoria com menos tempo e menor idade". 

Segundo Marcelo Caetano, o deficit previdenciário também poderia ser amenizado por meio da Medida Provisória 805/2017, atualmente suspensa por determinação judicial. A MP prevê o adiamento do reajuste de servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, além de aumentar de 11% para 14% a alíquota de contribuição dos servidores que recebem acima do teto previdenciário.

Campanha pela reforma nas redes sociais

Em campanha nas redes sociais pela reforma da Previdência, o  governo cometeu um deslize no Twitter que foi rapidamente percebido pelos usuários. Algumas páginas oficiais na rede social trocaram a imagem de perfil para exibir a mensagem "Todos pela Reforma para o Brasil não quebrar". No entanto, um erro de cálculo acabou exibindo uma mensagem que parece dizer "o Brasil não quer".

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