Preço da gasolina nas refinarias sobe 1,6%, a segunda alta desde setembro
Com o reajuste, litro do combustível passará dos atuais R$ 1,5339 para R$ 1,5585 a partir deste sábado (8); alta do dólar impulsionou o aumento
Por Brasil Econômico |
Depois de estabilizar o valor por quatro dias consecutivos, a Petrobras subiu em 1,6% o preço da gasolina nas refinarias. Com o reajuste, o litro do combustível passará dos atuais R$ 1,5339 para R$ 1,5585 a partir de amanhã (8). É a segunda alta imposta pela estatal desde meados de setembro.
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O último reajuste do preço da gasolina nas refinarias havia sido na sexta-feira da semana passada (30), depois de uma sequência de cortes por parte da Petrobras. Na ocasião, o litro do combustível subiu 2,21%, passando de R$ 1,5007 para os atuais R$ 1,5339.
O aumento do valor cobrado nas refinarias pelo litro da gasolina é justificado queda do preço do barril de petróleo e pela alta do dólar frente ao real nesta semana, o que encarece as importações. A moeda norte-americana iniciou a semana cotada a R$ 3,8575 e hoje, até o momento da publicação desta matéria, já chegava a R$ 3,8751.
Em relação ao diesel , a Petrobras anunciou na semana passada a redução de 15,3%, para R$ 1,7984 por litro, do preço médio do combustível em suas refinarias. O reajuste vigora até 15 de dezembro e corresponde ao quinto período da terceira fase do programa federal de subvenção ao preço do diesel.
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A Petrobras adota essa política de reajuste dos preços desde julho de 2017. De acordo com a metodologia, as mudanças podem acontecer mais frequentemente, inclusive todos os dias, e refletem os preços praticados nos mercados internacionais e a cotação do dólar. Desde então, segundo o jornal Valor Econômico , o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 18,79%.
Preço nos postos
O preço médio da gasolina nas postos de combustível terminou a semana passada em queda de apenas 1% (R$ 0,04), chegando a R$ 4,505 por litro. Os valores foram apurados pela Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP).
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Em novembro, a queda do preço da gasolina nas bombas foi de cerca de 4%, ou o equivalente a R$ 0,21. A redução, apesar de benéfica ao consumidor, foi 13 pontos percentuais menor do que a de 17% adotada nas refinarias no período.
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Segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o corte médio no preço da gasolina nos postos foi de 2,42% no mês passado. Em 2018, porém, a alta acumulada é de 12,66%.
Entenda o preço da gasolina
De acordo com cálculos feitos pela própria Petrobras , os valores praticados nas refinarias equivalem a 25% do preço pago pelos consumidores nos postos. Essa porcentagem aproximada leva em conta a coleta de preços feita pela estatal entre os dias 25 de novembro e 1º de dezembro em 13 capitais e regiões metropolitanas do País.
Outros 46% são formados basicamente por tributos. Destes, 31% correspondem ao ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), recolhido pelos estados, e outros 15% são relativos à Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e ao PIS/Cofins, de competência da União.
A diferença entre os impostos estaduais e federais está na forma com que são cobrados. O ICMS varia de acordo com o que é praticado nos postos, então cada vez que o preço da gasolina sobe, os estados arrecadam mais dinheiro. O PIS/Cofins e a Cide, ao contrário, são valores fixados por litro: o primeiro é de R$ 0,7925 e o segundo, de R$ 0,10.
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Do restante do preço da gasolina , 11% correspondem ao custo do etanol anidro, que, segundo a lei, deve compor 27% da gasolina comum. Os últimos 18%, por sua vez, são relativos aos custos e ao lucro de distribuidores e postos. Em maio, essa fatia era de 12%, o que sugere um aumento de seis pontos percentuais na margem de lucro desses agentes.