Inflação fica negativa e registra menor valor para novembro desde 1994
Inflação negativa de 0,21% é o menor resultado para um mês de novembro desde o início do Plano Real; no acumulado do ano, taxa é de 3,59%. Confira
Por Brasil Econômico |
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conhecido por medir a inflação oficial do Brasil, registrou taxa negativa de 0,21% em novembro. O número foi divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado de novembro é o melhor registrado desde julho deste ano, quando o índice apresentou deflação - ou seja, a inflação negativa, que aparece quando os preços dos produtos e serviços caem - de 0,23%. Esse número também representa a segunda deflação do ano - a primeira foi em agosto , quando a taxa ficou negativa em 0,09%.
De acordo com os dados do IBGE, se comparados todos os meses de novembro de anos anteriores, essa foi a menor taxa para a data desde a implantação do Plano Real, em 1994. Em novembro de 2017, a inflação ficou positiva em 0,28%.
Em outubro deste ano, um mês antes da deflação de 0,27%, o IPCA registrou alta de 0,45% .
Nos últimos 12 meses, a inflação tem alta de 4,05%. O número está abaixo da meta oficial do Banco Central, que é de 4,5% para este ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
No acumulado de 2018, ou seja, entre janeiro e novembro deste ano, o índice soma 3,59%. Na última segunda-feira (3), os analistas do mercado financeiro reduziram, pela sexta vez seguida, a projeção da inflação para 2018 . De acordo com o Boletim Focus, divulgado na data pelo BC, a estimativa é de que a inflação fique em 3,89 no final deste ano.
Queda da inflação foi influenciada por preços dos cumbustíveis e energia elétrica
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A retração da inflação em novembro foi motivada, principalmente, pela redução nos preços dos combustíveis e energia elétrica.
O valor médio da energia elétrica caiu 4,04% em novembro, uma queda de 0,16 ponto percentual em relação ao mês imediatamente anterior. A queda foi impulsionada pela mudança da bandeira tarifária, que passou de vermelha para amarela no mês
.
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Já os combustíveis registraram deflação de 2,42%, em meio à queda do preço nas refinarias e do recuo dos preços internacionais do barril de petróleo. Os três principais tipos de combustíveis registraram queda em novembro: o preço da gasolina diminuiu 3,07%, o etanol, 0,52%, e o diesel, 0,58%.
A gasolina apresentou preços reduzidos em todas as regiões pesquisadas pelo IBGE. A mais intensa foi em Brasília, que apresentou queda de 5,35%, enquanto a menor foi no Rio de Janeiro, onde caiu 1,06%. No acumulado no ano, entretanto, a gasolina ainda acumula alta de 12,66%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para calcular a inflação , a queda dos preços ocorreu em cinco. Confira:
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Alimentação e Bebidas: +0,39%
Habitação: -0,71%
Artigos de Residência: +0,48%
Vestuário: -0,43%
Transportes: -0,74%
Saúde e Cuidados Pessoais: -0,71%
Despesas Pessoais: +0,36%
Educação: +0,04%
Comunicação: -0,07%