Belo Horizonte é uma capital que tem características próprias e está fora da curva do coronavírus: até o momento, 1.316 casos confirmados, com 36 mortes. São Paulo amarga números assustadores: 5.558 óbitos. No Rio de Janeiro, a situação também preocupante, com quase 3.500 vidas ceifadas pelo coronavírus.
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Pelo baixo número apresentado, a prefeitura da capital mineira decidiu, durante uma coletiva de imprensa nesta sexta (22), divulgar a reabertura parcial do comércio
a partir da próxima segunda-feira (25).
De acordo com a Secretaria de Saúde, entre os estabelecimentos autorizados a funcionar estão salões de beleza, lojas de artigos domésticos, cama, mesa e banho e lojas de perfumaria e papelaria, além dos shoppings populares ( veja aqui a lista completa ).
"Usamos três indicadores para tomar esse tipo de decisão: número médio de transmissão por infectado (Rt), ocupação de leitos de UTI e ocupação de leitos de enfermaria voltados à Covid-19. Quando dois deles estão "no verde" e um "no amarelo", consideramos o mínimo de segurança para reabertura parcial", explica o infectologista Carlos Starling, membro do Comitê de Combate à Covid-19 da prefeitura de BH.
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No entanto, o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, afirmou que as medidas podem retornar imediatamente , se for necessário. "Ao menor sinal de perigo iremos retroceder ou até determinar o lockdown", disse.
Segundo Machado, festas, eventos, escolas e shoppings center não têm previsão de reabertura. "Esperamos que possamos, em breve, voltar à nossa rotina do happy our depois do trabalho ou do passeio com a família. Se cada um fizer a sua parte, logo estaremos de volta com isso tudo", declarou.
Vigilância e fiscalização permanecem
A reabertura parcial do comércio deve seguir uma série de medidas . "Deverá haver uma distância mínina de cinco metros entre as pessoas. Clientes e funcionários devem usar máscaras o tempo e o álcool gel deve ser fornecido para a higienização das mãos", exemplifica Starling. Além disso, haverá controle de entrada e saída desses locais, onde os clientes não devem levar acompanhantes.
"Não vamos interromper as medidas já realizadas desde março. As barreiras sanitárias na entrada da cidade, por exemplo, continuam sendo feitas. Para termos uma ideia, mais de 200 pessoas com possíveis sintomas de coronavírus foram identificadas nessas paradas e encaminhadas para atendimento médico", diz Starling.
De acordo com ele, a vigilância e a fiscalização, tanto do comércio quanto da população das ruas vão continuar sendo feitas diariamente pela prefeitura.