A startup Fazenda Futuro é pioneira na produção nacional de hambúrguer feito de carne vegetal
Marina Teodoro/Brasil Econômico
A startup Fazenda Futuro é pioneira na produção nacional de hambúrguer feito de carne vegetal

Tem gosto de carne, textura de carne, cheiro de carne, mas é planta. Pelo menos é essa a proposta do Futuro Burger, um hambúrguer feito de carne vegetal - que imita carne, mas é feito de grão de bico, ervilha e beterraba - e está lançando sua versão 2.0 apenas seis meses após sua estreia nas prateleiras dos supermercados.

Bem menos futurista quanto um lanche vindo da cozinha dos Jetsons ou pelas mãos de Marty McFly, como já foi  atestado anteriormente pelo iG Receitas   quando experimentou o primeiro exemplar o hambúrguer, o remake promete ser mais saudável , mais “carnudo” e menos defumado.

O alimentou ficou mais fitness e conta com 11% menos calorias, 23% menos carboidratos, 13% menos gordura, 32% mais fibras e 6% menos sódio na comparação com a primeira versão. 

O preço da iguaria é que não é tão leve. Nos mercados, a bandeja com dois hambúrgueres pode ser encontrada por aproximadamente R$ 17,99. Sendo assim, vai depender do consumidor escolher se vale a pena o investimento “salgado” para ter uma experiência vegetariana e saudável.

O futuro é vegetal

Ajustado de acordo com o feedback dos consumidores e hamburguerias que fizeram uso do alimento que vem congelado, a Fazenda Futuro , marca que assina o produto, mostrou que não tem medo de apostar em alterações mesmo em tão pouco tempo.

“Diferente da indústria tradicional, nós temos agilidade para aprimorar nosso produto. Não vamos esperar cinco anos até um novo lançamento”, garantiu o fundador da startup, Marcos Leta.

Além dos ajustes feitos em relação ao aspecto e sabor, a foodtech mostrou que também pensou na  responsabilidade ambiental



A produção sem carne animal utiliza menos recursos naturais, como água e terra, além de minimizar a produção de CO2, como fez questão de ressaltar Leta em noite de lançamento do produto, na segunda-feira (23).

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Hambúrguer
Marina Teodoro/Brasil Econômico

Em noite de lançamento da versão 2.0, o Brasil Econômico experimentou o hambúrguer ajustado de acordo com o feedback dos consumidores

Apesar de nova no mercado da plant based , a startup,  que é pioneira da carne vegetal em solo nacional, enxergou no veganismo uma oportunidade de negócio no Brasil: de acordo com a pesquisa mais recente do IBOPE, feita em 2018, são cerca de 29,2 milhões de vegetarianos no País.

“Vimos que as pessoas querem carne a base de planta. E não estamos falando só dos veganos e vegetarianos, mas também do público de ‘carnívoros’”, pontuou. Para reforçar o discurso de Leta, recentemente grandes redes de fast food como Bob's e Burger King passaram a incluir opções de lanches vegetarianos, provando que entrar na onda vegetal é uma tendência no ramo alimentício.

Com apenas um semestre de existência, a Fazenda Futuro, que tem o mesmo criador da marca de sucos Do Bem, já conta com números bastante interessantes. Segundo os dados divulgados, foram mais de 2 milhões de hambúrgueres vendidos, distribuídos em 4 mil pontos de vendas diferentes.

“Vendemos 30 vezes mais do que os hambúrgueres vegetais de frigoríficos e hoje já temos 23% de market share de uma das maiores redes de supermercados do Brasil”, comemorou o empresário.

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Mas, afinal, a nova versão é igual a carne de verdade?

Hambúrguer
Marina Teodoro/Brasil Econômico
A nova versão do Futuro Burger é focada em um sabor menos artificial e menos carboidratos e calorias

A versão melhorada é, de fato, mais agradável aos olhos do que a anterior. Cumprindo o papel de parecer mais suculento, o hambúrguer se destaca quando comparado aos seus concorrentes congelados (feitos de carne ou não) por ser mais “grosso” e ter uma aparência que lembra a de um exemplar de carne.

No entanto, se ideia é vender o alimento como tendo um sabor semelhante ao de carne, talvez é melhor repensar a estratégia de marketing. O gosto defumado exagerado parece ter sido corrigido, mas logo na primeira mordida é possível notar que não se trata de algo de origem animal .

Hambúrguer
Marina Teodoro/Brasil Econômico
Hambúrguer pode ter uma aparência um pouco mais agradável do que os outros congelados, mas não convence pelo "gosto de carne"

A começar pela textura, que continua se desfazendo na boca, diferente do que acontece quando se come a carne moída . Mesmo sendo saboroso, o gosto continua sendo o de um hambúrguer vegetariano e não o de carne bovina.

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Ainda assim, entre os produtos congelados encontrados no supermercado, a opção merece prestígio. Se assumida a composição vegetal, o sabor, a textura, a suculência e o cheiros são considerados realmente superiores aos concorrentes.

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