Alan Santos/Presidência da República
"A decisão dele [Bolsonaro] mostra o quanto ele é equivocado", disse frei Davi, ativista que luta pela inclusão dos negros

Ativistas e entidades que defendem as minorias reagiram fortemente  à decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de tirar do ar uma propaganda do Banco do Brasil que destaca a diversidade. Na peça, jovens negros, tatuados, trans e de diferentes estilos aparecem em cenas do cotidiano.

"A comunidade negra gastou um tempo imenso para despertar na sociedade o respeito à diversidade . Essa propaganda consolida uma conquista dos excluídos. A decisão dele [Bolsonaro] mostra o quanto ele é equivocado", disse frei David, à frente da Educafro, entidade que luta pela inclusão dos negros no mercado de trabalho e universidades públicas.

Segundo Frei Davi, a Educafro pretende entrar com uma denúncia na ONU (Organização das Nações Unidas) contra a decisão do governo federal de tirar a propaganda do ar.

Ao colunista Lauro Jardim, do Globo, o presidente do Banco do Brasil , Rubem Novaes, disse que Bolsonaro não gostou do resultado da campanha: "O presidente Bolsonaro e eu concordamos que o filme deveria ser recolhido. A saída do diretor é uma decisão de consenso, inclusive com aceitação do próprio."

Na propaganda, uma modelo trans também aparece rapidamente. Assim como os outros participantes do filme, não fala, apenas contracena com a câmera.

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"É impossível entender a cabeça de um presidente que se incomoda com a liberdade alheia, com a diversidade. Há uma questão psicológica a ser estudada", ironiza o ativista gay Fernando Dantas, que trabalha em uma ONG que dá abrigo a homens e mulheres  transexuais em situação de vulnerabilidade.

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