Nem quando todas as nossas finanças estão indo bem estamos livres de entrar em problemas com o dinheiro. 

É fato: quando se trata de finanças, principalmente a de casa, todo cuidado deve ser dobrado. Podemos estar com todas as contas em dia, e até com um dinheiro poupado, mas sempre podem aparecer algumas armadilhas financeiras que atrapalham tudo. 

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Dificilmente encontramos alguém que pensa duas vezes antes de escolher como gastar seu dinheiro
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Dificilmente encontramos alguém que pensa duas vezes antes de escolher como gastar seu dinheiro

Mas, assim como elas podem aparecer e atrapalhar a sua vida, você também pode evitá-las. Listamos 3 armadilhas financeiras que você consegue evitar. São elas:

1.   Cartão de crédito

Frequentemente, o cartão de crédito é o maior vilão das finanças pessoais. É ele o responsável por um tipo de dívida que é uma das mais comuns do brasileiro. 

Não precisamos nos esforçar muito para encontrar alguém que gastou demais e entrou no rotativo do cartão. E em um país onde o rotativo excede os 300% de juros, encontramos aqui um problema sério a ser resolvido. 

Mas, infelizmente, nem sempre a resolução para esse problema é escolhida sabiamente. O que muitos fazem é simplesmente pagar todas as dívidas que possui com o cartão de crédito e depois cancelam o cartão, ou cortam ele no meio, dependendo da raiva. E, apesar disso “solucionar” o problema, essa não é a melhor solução. 

O fato é que o cartão de crédito é sempre visto como um inimigo nas suas finanças, mas não precisa ser assim. Ele pode ser um aliado e tanto na sua vida. 

E como fazemos isso? Simples, aliando suas características com investimentos.

Funciona assim: 

Uma das qualidades do cartão de crédito é que você consegue postergar o momento de pagamento. Ao invés de pagar hoje e agora com dinheiro físico, eu consigo comprar alguma coisa e pagar só no momento da fatura do cartão. Ou seja, o cartão de crédito pode nos livrar do consumo imediato do nosso dinheiro. 

E a sacada aqui é justamente pegar esse dinheiro que gastaríamos em algum produto e investir. Ao investir, estaremos já garantindo que as contas vão ser pagas, mas com um adicional: vamos ter um lucro em cima disso! 

Mas, esse valor não pode ser investido em qualquer coisa. Preze por investimentos que sejam de fácil acesso e que tenha liquidez, ou seja, velocidade para pegar o dinheiro de volta. Nesse sentido, um Tesouro Selic pode ser uma opção a ser analisada. 

Existem alguns investimentos que possui datas de vencimento e que prendem o seu dinheiro até esta data. Por isso, precisamos de muito cuidado ao escolher qual investimento faremos com o dinheiro disponível. 

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E cuidado! Se você não tem o dinheiro disponível, evite o máximo possível realizar essas compras para pagar via fatura com um dinheiro que você acredita que vai ter no futuro. Isso pode te gerar uma dívida desnecessária, e todos sabemos o quanto é danosa uma dívida vinda do cartão de crédito.

2.  Tempo de financiamento

O financiamento é outro vilão das finanças familiares. Isso porque o brasileiro se acostumou muito a não poupar dinheiro, ou poupar dinheiro até conseguir dar entrada em algum tipo de bem. Dificilmente encontramos alguém que pensa duas vezes e escolhe fazer o pagamento de um imóvel a vista, por exemplo. 

Apesar de ser claro como o financiamento na vasta maioria das vezes não vale a pena, ás vezes encontramos alguns financiamentos com juros que parecem ser “baixinhos”, e até mesmo quem sabe que não vale a pena acaba sendo seduzido. 

E é aí que reside a armadilha, pois podemos nos esquecer de um fator importantíssimo no financiamento: o tempo. 

Pode até ser que encontremos juros baixos em algum financiamento, mas o tempo do financiamento pode ser alto. Isso faz com que, mesmo com juros baixos, o valor final do financiamento pode exceder muito o valor original do imóvel. 

Se isso acontece, olhar os juros mensais pode nos dar a ideia de que é pouco, mas, ao olhar os juros totais, vemos que a porrada é grande. 

Por isso, se você está considerando pegar um financiamento, faça-se duas perguntas: 

É necessário? Se sim, quais as características e os juros que eu pagarei com isso? 

Apenas com essas duas perguntas, você conseguirá escapar de grandes problemas.

3. Pequenos gastos

Diferentemente das outras armadilhas, os pequenos gastos acabam sendo um tipo de armadilha que é menosprezada pelas pessoas. 

Afinal, qual a diferença que R$3,50 a mais vai fazer na sua vida? Poxa, é só uma coxinha na padaria… 

A primeira vista, esse raciocínio parece estar correto. Realmente não teria muito impacto na sua vida. O problema é quando paramos e jogamos todos esses gastos numa planilha. 

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O que era só R$3,50, se feito de forma contínua, pode virar um valor muito alto no fim do mês. E pior: pode te impedir de usar o dinheiro para algo mais importante. 

Por isso, o primeiro passo aqui é: faça uma planilha com todos os seus gastos mensais, pois é ela que te permitirá saber se você está, de fato, gastando muito com pequenas coisas ou não. Enfim, descobrirá qual o real impacto deles nas suas finanças. 

Caso não seja nada absurdo, tudo bem. Lembre-se que é importante também ter dinheiro para se gastar com prazer. O problema é quando isso excede o que é saudável financeiramente. 

Agora, com o controle dos seus gastos, você: 

a) Não tem surpresas no final do mês com falta de dinheiro; 

b) Consegue entender melhor de onde você pode tirar dinheiro caso queira economizar; 

c) Tem uma ideia melhor do fluxo que o seu dinheiro está tendo no seu dia-a-dia e o impacto dele no todo! 

Além disso, se você é mais controlado para não gastar compulsivamente, você pode também estipular uma parte do seu orçamento, por exemplo R$50,00, para gastar de forma livre assim. Ai, se você ver algo na rua que te desperte uma vontade, você não precisaria se privar disso, pois já tinha planejado esse tipo de gasto anteriormente! 

Essa, acredite, é uma forma bem mais saudável de lidar com os seus gastos do que comprar sempre que der na telha.

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