Muitos casais entendem que, no casamento , o amor é sempre o principal para o relacionamento dar certo. E não é uma mentira.

Mas, o gerenciamento das finanças - principalmente em relação às dividas - pode-se revelar um grande aliado para trazer mais harmonia e momentos felizes à relação.

Especialista em finanças pessoais ensina como atingir o equilíbrio financeiro no relacionamento
shutterstock
Especialista em finanças pessoais ensina como atingir o equilíbrio financeiro no relacionamento

Afinal, um relacionamento saudável também compartilha de vários momentos que precisam de dinheiro para acontecer, como viagens , saídas no final de semana , aquele jantar à luz de velas, etc.

E não é difícil entender que não vale a pena adquirir dívidas para poder viver esses tipos de momentos. Tudo pode ser planejado e feito sem prejudicar o futuro financeiro da relação com pagamentos de juros desnecessários .

Pensando justamente nisso, elaborei 5 dicas que podem ajudar você, que já é casado ou que planeja um casamento, a melhorar a forma como você e seu parceiro lida com o dinheiro!

1)    Estabelecendo metas juntos

Se você e o seu parceiro já tem uma vida juntos (o que geralmente acontece antes do casamento), estabelecer uma meta para um desejo que ambos queiram ver realizado é algo muito importante

Isso porque, o que muitos casais fazem, geralmente, é traçar metas individuais. E as consequências, em sua maioria, são ruins.

Um dos lados da relação pode estar com o foco de juntar dinheiro para comprar um carro enquanto o outro lado da relação não está nada interessado em juntar dinheiro para esse objetivo.

É inevitável: brigas acontecem porque um não se compromete a alcançar os mesmos objetivos do outro.

Enquanto um está tentando juntar dinheiro para comprar um carro, o outro está gastando o seu dinheiro com coisas que poderia evitar. Se os dois constituem uma renda familiar conjunta então, aí é briga na certa.

Por isso, a primeira dica aqui é: sente-se com seu parceiro e defina as suas metas juntos . Isso é importante para haver comprometimento entre ambas as partes do casamento e evita que, por exemplo, um contraia uma dívida enquanto o outro está tentando poupar dinheiro. Isso nunca dá certo.

E um alerta: É preciso chegar em um equilíbrio, e não discutir. Se um quer um carro e o outro uma casa, busque uma forma de alinhar ambos os desejos como meta. Se sobrepor ao desejo do outro geralmente não é uma maneira muito boa de se lidar com as diferenças.

2)    Transparência

Ser transparente com o seu parceiro sobre o quanto você ganha também é uma necessidade fundamental para as finanças do casal possam prosperar.

Isso porque, quando cada um entende e tem conhecimento do quanto o outro pode poupar e gastar se torna uma informação muito útil na hora de planejar os próximos passos.

E não só isso: o fato de você ter acesso a esse tipo de informação permite você saber, também, quando o seu parceiro “enfiou o pé na jaca”.

Leia também: Nove hábitos das pessoas ricas e bem sucedidas

Você percebe quando o seu parceiro fez algo que não deveria financeiramente, e já consegue uma correção com ele de imediato, sem surpresas.

Muitos casais não têm essa transparência, aí os dois acabam gastando demais sem perceber, e, quando chega no final do mês, vem o famoso pedido “preciso da sua ajuda para pagar uma conta minha”.

Isso acontece tanto que eu não canso de dizer: transparência é eficiência.

Use ela ao favor do casamento que, por mais que possam surgir dívidas ou divergências, você e o seu parceiro irão encontrar rapidamente uma solução.

3)    Controlar os gastos em conjunto

Já a dica número 3 funciona como complemento para as dicas anteriores. Isso porque, uma vez com as metas traçadas e a transparência obtida na relação, o controle de gastos dos dois tem que ser discutidos e feitos com sinergia.

Se não for feito, as metas e objetivos podem demorar mais para serem alcançados. Veja, é importante para o casamento que se defina com o que cada um deve gastar e o quanto cada um deve poupar para alcançar as metas. Dívidas, é claro, não devem aparecer aqui.

E é claro também que é aceitável que alguns gastos rotineiros aconteçam. Toda pessoa apaixonada sabe o que é estar andando na rua e bater aquela vontade de comprar flores, chocolate, ou qualquer outro tipo de mimo para a pessoa que ama – E isso é aceitável.

Só que, ainda assim, ainda assim é importante colocar esses gastos no orçamento. Reservar um valor para que estes tipos de gastos aconteçam. Se vocês fizerem um planejamento mensal, melhor ainda.

Façam um roteiro do mês, de cinemas a ir, lugares a jantar, e vá deixando tudo isso na planilha do casal. Isso, com certeza, fará vocês terem tempos bem melhores.

4)    Comprar imóvel vale a pena?

É comum que muitos casais pensem que, logo após o casamento, deve-se comprar um imóvel para viver juntos, mesmo que tenham que adquirir uma dívida para tal.

Porém, em termos financeiros, o aluguel se demonstra melhor do que a compra de um imóvel. Isso porque os juros no Brasil são altos e garantem uma rentabilidade interessante caso o dinheiro da compra seja investido, podendo, muitas vezes, superar o valor do aluguel. Além de ser uma opção bem mais estável do que esperar uma valorização do imóvel.

Mas, quando se trata do brasileiro, o imóvel geralmente representa mais do que uma simples questão financeira. Para o brasileiro, ter um imóvel em seu nome é muito mais seguro do que depender de aluguel.

Então, para responder a esta questão, temos que separar a resposta para 2 tipos de casais diferentes:

·         Se o casal é do tipo que prefere TER um imóvel: Ainda assim, fuja do financiamento. Ele não vale a pena e geralmente se é pago um valor muito alto (ás vezes, até o dobro do valor do imóvel). Se você e o seu parceiro querem isso, deixem como meta e busquem investimentos para pouparem dinheiro e alcançar o valor de um imóvel no padrão que desejam. Assim é uma forma bem mais saudável de adquirir um bem.

·         Se o casal não liga para ter um imóvel: Nesse caso, o aluguel acaba sendo um pouco mais vantajoso caso tenha o valor do imóvel em mãos. Caso não tenha o valor do imóvel, o primeiro passo é ainda ir investindo para aumentar o patrimônio. O aluguel, nesse caso, teria que virar um custo mensal na renda familiar, mas poderá ser pago com os juros dos investimentos no futuro.

O importante dessa dica é que a dívida nunca é uma opção saudável. A partir do momento que entender isso, você e seu parceiro estará numa situação bem melhor no futuro para seguir o desejo de vocês. 

5)    Filhos

Ter filhos é uma das maiores felicidades de qualquer casal. Mas é inegável que também exige muita responsabilidade e disciplina financeira.

Ter um filho gera custos adicionais (como fraldas) e que são custos novos para muitos pais, que não tem uma experiência muito grande no assunto.

Além de que, nesse processo, além dos custos padrões, também há os custos variáveis, que advém justamente da vontade de dar do bom e do melhor para a criança.

Muitos pais não medem estes gastos e acabam se desestabilizando financeiramente.

Por mais difícil que possa parecer ser, equilíbrio é essencial . Tudo bem gastar um pouco mais, isso faz parte, mas todo gasto tem que haver um limite.

Se o casal não tem filhos ainda, mas planeja ter ou houve uma gravidez inesperada, então o casal tem que se preocupar em analisar sua planilha de orçamento e ver como pode ir já de antemão reservando um dinheiro para os gastos com o filho no futuro.

Isso tanto para os gastos que o casal sabe que vai acontecer quanto para os inesperados.

Assim, no casamento haverá menos stress e também um menor risco de lidar com dívidas no futuro. Quem sabe até tudo seja bem mais tranquilo financeiramente, e você e seu parceiro consigam usar o dinheiro guardado para um outro fim, como ensinar educação financeira à criança?

Já vai servir de um grande ensinamento a ela!

Espero que essas dicas lhe tenham sido úteis e ajude no seu casamento! Até a próxima!

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!