Madrugada insone, TV a cabo: lá estava ele, Tubarão, de Steven Spielberg. O emborrachado peixe de olhar paralisado é muito malvado, caça os heróis com ódio. Aguenta arpoadas, tiros e venenos. Ele é um vingador. Mata humanos, que estão dizimando populações inteiras de tubarões. Essa extinção não fará do mundo um lugar melhor. Em 2022 houve 55 contatos com cinco mortes. Menos mortes do que de pessoas caindo de cavalos ou picadas por mosquitos e suas doenças.
Tubarões são animais muito antigos, basicamente uma cartilagem leve e rápida, um predador do mar, que come de tudo, com preferência por animais menores. Existem 411 espécies deles.
Durante uma viagem ao Pacífico, estava no mar e dois tubarões se achegaram, mas logo partiram. Os humanos não fazem parte da dieta do tubarão. A maioria dos acidentes ocorre com animais estressados, em águas rasas.
Tenho um amigo, #ClauMello, que é militante da preservação dos tubarões. São 150 milhões deles mortos por ano. São dele as fotos que ilustram este artigo, assim como a cabeça na boca do tubarão martelo. Eu o conheço há mais de 20 anos e garanto que ele tem muita coragem com uma pitada de loucura.
O principal motivo da caca é sua carne (tubalhau, em Noronha) e suas guelras, muito apreciadas na Ásia.
Seria bacana se Spielberg fizesse um filme resgatando a imagem dos tubarões. São animais, são vorazes, mas só atacam para se alimentar.