Votação do Orçamento deve ficar para 2025, diz relator

Senador Angelo Coronel (PSD) diz que votação do Orçamento depende de definições do pacote fiscal

Proposta mantém 'trava' nas emendas parlamentares
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Proposta mantém 'trava' nas emendas parlamentares

A análise e votação do  Orçamento  da União  deve ficar para o ano que vem, segundo o relator do texto, o senador  Angelo Coronel (PSD-BA)

Ele disse, nesta quinta-feira (19), que ainda há pendências sobre o pacote de cortes de gastos do governo, o que impacta diretamente no cenário fiscal. Com isso, não é possível projetar receitas e despesas no Orçamento , que especifica as receitas e despesas do governo para o período de um ano.

"Apreciar a peça mais importante do parlamento merece cuidado e tempo e por isso o nosso relatório ficará para apreciação na comissão mista e no Congresso Nacional após o recesso parlamentar", disse o relator em nota.

Caso o texto não seja aprovado até o último dia antes do recesso parlamentar, que começa na segunda-feira (23), o governo é obrigado a gastar em janeiro uma fração do que está planejado na Lei de Diretrizes Orçamentárias, sem grandes margens para adaptações. O Congresso volta ao trabalho em fevereiro.

Após a fala do senador, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que insistirá para a votação da peça orçamentária ainda neste ano. Assim como os líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Para Randolfe, "não há muito o que se fazer" se o Senado não realizar a votação. Segundo o amapaense, não há prejuízo no adiamento para o ano que vem.

O senador também disse que a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), espera pela sanção presidencial e análise de vetos, o que pode influenciar as diretrizes que guiarão a elaboração do orçamento.

"Sem uma base normativa plenamente definida e um cenário fiscal delineado por todos os elementos votados e sancionados, corremos o risco de produzir uma peça orçamentária desconectada da realidade", explicou Coronel.

O relator também aponta a necessidade de reavaliações em virtude das alterações no salário mínimo, mudanças que impactam diretamente as despesas previdenciárias, benefícios sociais e metas fiscais.

Segundo Angelo Coronel, o objetivo não é atrasar o processo, mas garantir um plano que reflita as prioridades nacionais.