(Arquivo) Sede do Banco Central do Brasil (BCB) em Brasília, em 29 de maio de 2012
PEDRO LADEIRA
(Arquivo) Sede do Banco Central do Brasil (BCB) em Brasília, em 29 de maio de 2012

Na reunião da semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) d o Banco Central (BC) decidiu, por unanimidade, aumentar a taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano. Nesta terça-feira (17), o colegiado sinalizou que, caso as condições econômicas não mudem, haverá mais dois aumentos de 1 ponto percentual nas próximas reuniões, o que pode levar a Selic a 14,25% ao ano até março de 2025.

“O comitê então decidiu, unanimemente, pela elevação de 1,00 ponto percentual na taxa Selic e pela comunicação de que, em se confirmando o cenário esperado, antevê ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”, destaca trecho da ata da reunião, divulgada nesta terça-feira (17).

O aumento da Selic foi considerado necessário, dado o quadro inflacionário mais adverso. O BC enfatizou que o cenário de curto e médio prazo exigia uma ação mais assertiva para garantir o cumprimento da meta de inflação, que é de 3%, com um intervalo de variação entre 1,5% e 4,5%. Esse quadro de incertezas e riscos crescentes justificou o ajuste antecipado na política monetária.

“Em primeiro lugar, a magnitude da deterioração de curto e médio prazo do cenário de inflação exigia uma postura mais tempestiva para manter o firme compromisso de convergência da inflação à meta. Em segundo, vários riscos se materializaram tornando o cenário mais adverso, mas menos incerto, permitindo maior visibilidade para que o Comitê oferecesse uma indicação de como antevia as próximas decisões”.

O Banco Central também reforçou que a magnitude final do ciclo de aperto monetário dependerá da evolução da inflação e de outros fatores econômicos. 

No entanto, o BC reforçou que “a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

Calendário das reuniões do Copom para 2025:

  • Janeiro: 28 e 29 (divulgação da ata em 4 de fevereiro)
  • Março: 18 e 19 (divulgação da ata em 25 de março)
  • Maio: 6 e 7 (divulgação da ata em 13 de maio)
  • Junho: 17 e 18 (divulgação da ata em 24 de junho)
  • Julho: 29 e 30 (divulgação da ata em 5 de agosto)
  • Setembro: 16 e 17 (divulgação da ata em 23 de setembro)
  • Novembro: 4 e 5 (divulgação da ata em 11 de novembro)
  • Dezembro: 9 e 10 (divulgação da ata em 16 de dezembro)

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