A ceia de Natal de 2024 promete pesar mais no bolso dos brasileiros. Produtos tradicionais da celebração tiveram alta de 8% em relação ao ano anterior, conforme dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Entre os maiores aumentos estão itens como o bacalhau (15,65%), peru (15,82%), morango (27,36%) e pêssego (13,23%). No entanto, o azeite lidera os aumentos, com um salto de 35,70% em comparação a 2023. Com isso, o custo médio da cesta natalina passou de R$ 383,80 para R$ 413,53.
Segundo a educadora financeira Aline Soaper, idealizadora do Instituto Soaper, a tendência é que os preços continuem subindo até o Natal.
"Os preços costumam aumentar com a proximidade da data porque a maioria das pessoas deixa as compras para a última hora. Após o Ano Novo, o comércio tende a fazer promoções. Para evitar pagar mais caro, o ideal é se planejar e comprar com antecedência", orienta Aline.
Embora os preços estejam elevados, há boas notícias. Alguns itens registraram queda, como o filé mignon (-11,22%) e o pernil (-10,41%), podendo haver trocas na hora de escolher as carnes da ceia.
Aline recomenda que as famílias estabeleçam um valor fixo para os gastos da ceia, com base na realidade financeira de cada grupo. "Esse valor deve ser dividido pelo número de participantes da celebração. É essencial evitar parcelamentos, pois eles podem se acumular com outras despesas", alerta.
Taxa Selic
Mesmo após o anúncio do aumento da taxa Selic, esse valor não deve interferir no preço da ceia de natal. Para o economista Geraldo Almeida, os valores atuais são consequência dos anúncios do Copom de meses anteriores. Entretanto, o especialista indica evitar parcelar contas do cartão de crédito por conta do novos valores de juros.
“A ceia de natal já está pré-fixada, o que pode ter é no especulativo se você comprar no cartão de crédito e parcelar. A inflação de Natal praticamente já está dada, mas tem um efeito no ano que vem. Por exemplo, se você foi parcelar cartão de crédito, você pode pegar um juros mais alto, por isso é bom ter cautela nas contas do começo do ano”, destaca Almeida.
Outra dica é buscar alternativas econômicas e usar a criatividade ao planejar o jantar natalino. "Trocar marcas mais famosas por outras mais acessíveis, optar por alimentos da estação e dividir a responsabilidade da ceia com outros membros da família são estratégias eficazes", sugere Aline.