Dólar
Vladimir Solomianyi/Unsplash
Dólar

dólar opera em queda nesta quinta-feira (5) e é cotado abaixo de R$ 6 , após uma agenda econômica mais calma, com poucos dados relevantes para os investidores. Às 11h50, a moeda americana registrava queda de 1,43% , sendo negociada a R$ 5,9615, com a mínima do dia chegando a R$ 5,9899. No dia anterior, o dólar teve uma leve queda de 0,13%, fechando a R$ 6,0477.

Com o dólar em baixa, o Ibovespa, índice da bolsa de valores brasileira, segue em alta . O índice subia 1,50% por volta do mesmo horário, alcançando 127.976 pontos, após um recuo de 0,04% no dia anterior, quando fechou a 126.087 pontos.

Em termos acumulados, o dólar apresenta alta de 0,79% tanto na semana quanto no mês, mas ainda acumula ganho de 24,63% no ano. Por outro lado, o Ibovespa avança 0,33% nas últimas semanas, mas recua 6,04% no acumulado de 2024.

Expectativas e cenário fiscal no radar

Os investidores também seguem de olho no cenário fiscal brasileiro e na agenda de corte de gastos do governo federal. Nesta quarta-feira (4), a Câmara dos Deputados aprovou a urgência para dois projetos importantes do pacote fiscal do governo, com o objetivo de reduzir despesas e controlar o orçamento. A votação foi apertada, com 260 votos a favor do primeiro projeto e 267 para o segundo.

Esses projetos incluem a obrigatoriedade de biometria para concessão de benefícios e um ajuste do salário mínimo conforme o crescimento das despesas públicas. Além disso, a proposta veta novos benefícios tributários em caso de déficit e permite o bloqueio de emendas parlamentares conforme a proporção dos cortes realizados.

Embora o governo tenha pressa para aprovar esses projetos ainda este ano, encontrou resistência no Congresso. Deputados e senadores criticaram as novas regras de emendas parlamentares estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Por fim, o mercado também aguarda a divulgação do relatório payroll, que trará novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos nesta sexta-feira (6). 

No Brasil, o mercado segue atento aos avanços do pacote de ajuste fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O presidente da Câmara, Arthur Lira, prometeu levar a pauta à frene.

"Temos que tratar esse assunto [pacote fiscal] com toda a seriedade, o que não está sendo fácil, porque tem muitas variáveis que estão acontecendo que não dependem só da vontade do Congresso e não estão ajudando no encaminhamento da sensibilidade política nesse momento", disse.

No exterior, falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, em um evento durante a tarde, sobre o desempenho recente da economia norte-americana permite que o BC do país seja mais criterioso com a trajetória dos cortes de juros.

"A economia está forte e está mais forte do que pensávamos em setembro", disse o banqueiro central, reforçando que a inflação norte-americana também está um pouco acima do esperado.

Powell também disse que não teme que o novo governo de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, possa prejudicá-lo como líder do Fed.

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