Lula revoga reoneração de 17 setores da economia
Ricardo Stuckert/PR
Lula revoga reoneração de 17 setores da economia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( PT ) voltou a se reunir com os ministros nesta sexta-feira (8) para discutir um conjunto de medidas que visam o corte de gastos para o equilíbrio das contas públicas. 

Após encontros ao longo da semana, Lula ainda não finalizou o pacote que será enviado ao Congresso Nacional , mas a expectativa é que o anúncio das medidas ocorra em breve.

Nesta sexta, o presidente reuniu-se com nove ministros das áreas econômica e social, além de outros membros do governo. Entre os presentes estavam Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), Geraldo Alckmin (Indústria), Camilo Santana (Educação), Luiz Marinho (Trabalho), Nísia Trindade (Saúde) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação). Também participaram Miriam Belchior (secretária-executiva da Casa Civil), Guilherme Mello (secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda), Bruno Moretti (secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil), Jorge Messias (Advogado-Geral da União) e Dario Durigan (secretário-executivo do Ministério da Fazenda).

A pressão para definir o pacote de cortes cresceu ao longo da semana, especialmente depois que o ministro Fernando Haddad cancelou uma viagem internacional na segunda-feira (4) para focar nas medidas. Tanto Haddad quanto Simone Tebet têm defendido um plano de redução de despesas para cumprir o arcabouço fiscal, que estabelece limites para as contas públicas. 

Contudo, o plano encontra resistência entre ministros que temem cortes em suas áreas.

Na quarta-feira (6), Haddad afirmou que “faltavam detalhes” para fechar o plano, mas Lula ainda não decidiu quais medidas específicas serão adotadas. Desde então, há uma expectativa crescente entre operadores do mercado financeiro e economistas, que defendem que o equilíbrio das contas não pode depender apenas do aumento da arrecadação, mas requer, de fato, uma redução nas despesas.

Os dados recentes do Tesouro Nacional mostram um déficit de R$ 105,2 bilhões nas contas do governo de janeiro a setembro deste ano. 

Esse resultado negativo representa um déficit primário, ou seja, uma situação onde as receitas com impostos e tributos foram insuficientes para cobrir as despesas do governo. 

Para compensar o saldo negativo acumulado, o governo espera registrar um superávit nos últimos de 2024. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou que o resultado de outubro deverá ser positivo, com previsão de um lucro de aproximadamente R$ 40 bilhões.

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