A Fhoresp ( Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo ) notificou a Enel, concessionária de energia elétrica, devido ao apagão que afetou a capital e a região metropolitana de São Paulo desde sexta-feira (11). O blecaute causou prejuízos estimados em R$ 150 milhões ao setor hoteleiro, de bares e restaurantes, de acordo com a entidade, que representa mais de 502 mil estabelecimentos comerciais no estado.
A Fhoresp argumenta que cerca de 250 mil empresas foram diretamente impactadas pela falta de energia, resultando em perda de mercadorias, devido à falta de refrigeração, além de danos a equipamentos provocados por oscilações de energia.
A entidade solicita que a Enel restabeleça o serviço de energia o mais rapidamente possível e que crie um canal permanente para o registro de reclamações e acompanhamento das solicitações de restabelecimento.
"Calculamos um prejuízo de R$ 150 milhões, até o momento, pois falamos de sete períodos parados, entre almoços e jantares, de sexta-feira à noite para cá. Os maiores prejudicados são bares, restaurantes, pequenos hotéis e meios de hospedagem, que, além de não poderem funcionar no fim de semana do feriado (Padroeira do Brasil - 12/10), período de maior movimento, ainda estão sem energia e sem expectativa de volta do serviço. Um único dia perdido para um estabelecimento dessa natureza faz diferença no mês todo. As contas, os impostos e a folha de pagamento não cessam", explicou Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp.
A entidade também está buscando ressarcimento dos prejuízos para as empresas afetadas pelo blecaute e sugere que a Enel compense financeiramente seus associados.
A Fhoresp enfatiza que vai oferecer apoio jurídico aos empresários que desejarem buscar indenização pelos danos sofridos, descartando ações coletivas e priorizando ações individuais, que consideram mais adequadas para comprovar os prejuízos específicos de cada estabelecimento.
"Nosso setor é formado por 97% de micro e de pequenos empresários. Essas empresas não têm lucro; elas dependem da receita diária para a própria subsistência. Sabemos que a Enel não controla o vento e a chuva. Contudo, é fundamental que tenha um plano de contingência emergencial para solucionar os problemas num espaço de tempo razoável. O que se vê, hoje, é caótico: a distribuidora deixa os consumidores e os empresários sem energia por dias e não demonstra um pingo de empatia e de preocupação", finalizou Pinto.
Fhoresp fez pedido a concessionária
Além da notificação extrajudicial, a Fhoresp solicitou à Fundação Procon-SP que acompanhe o processo de ressarcimento e garantiu que continuará em diálogo com a Enel para evitar que problemas semelhantes ocorram no futuro.
A federação também pede que a concessionária apresente um plano detalhado para prevenir novos apagões e mitigar os impactos nos estabelecimentos comerciais de São Paulo.
Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Participe do nosso canal no WhatsApp e da nossa comunidade no Facebook.