Banco Central manteve a projeção para 2025
PEDRO LADEIRA
Banco Central manteve a projeção para 2025

Banco Central (BC) revisou nesta quinta-feira (26) a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024 , aumentando de 2,3% para 3,2% e mantendo uma previsão de 2% para 2025 . A atualização foi divulgada no Relatório de Inflação (RI).

Essa revisão para 2024 se dá por uma surpresa positiva no segundo trimestre, em que a atividade econômica superou as expectativas. O BC destacou que os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul foram menores do que o previsto, contribuindo para essa melhora.

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“A atividade econômica brasileira manteve-se robusta no segundo trimestre, com crescimento outra vez acima do esperado, o que levou a uma nova rodada de revisão para cima nas projeções de crescimento para 2024. Os impactos econômicos das enchentes no Rio Grande do Sul foram menores do que o antecipado, o que explica parte da surpresa”, afirma o BC no relatório.

Os setores que se destacaram no segundo trimestre foram o consumo das famílias, investimentos e atividades cíclicas da economia. A projeção para a agropecuária foi ajustada, passando de um recuo de 2,0% para 1,6%. Para a indústria, a expectativa subiu de 2,7% para 3,5%, e para serviços, de 2,4% para 3,2%.

A demanda agregada também teve revisões positivas: o consumo das famílias foi elevado de 3,5% para 4,5%, o do governo de 1,8% para 2,7%, e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) de 4,5% para 5,5%. O BC ressaltou que essas revisões são resultado de surpresas positivas no segundo trimestre, mas espera um ritmo de crescimento mais lento no segundo semestre.

“Essas revisões foram motivadas principalmente por surpresas positivas no segundo trimestre. Para os três componentes, entretanto, mantém-se a previsão de menor ritmo de crescimento no segundo semestre”, pondera o BC.

Para o setor externo, a projeção de exportações foi aumentada de 0,5% para 3,2%, enquanto as importações foram revisadas de 6% para 11,3%, refletindo um aumento significativo no primeiro semestre.

“Apesar das surpresas sucessivas, espera-se um menor ritmo de crescimento no segundo semestre de 2024 e ao longo de 2025, devido à expectativa de menor impulso fiscal, à interrupção da flexibilização monetária iniciada em 2023, ao menor grau de ociosidade dos fatores de produção e à ausência de forte impulso externo, considerando a perspectiva de crescimento mundial em 2025 semelhante ao de 2024”, afirma.

Em 2025, o BC prevê um crescimento menor, com estimativas de 2% para agropecuária, 2,4% para a indústria e 1,9% para serviços. A demanda também deverá apresentar aumentos mais modestos: 2,2% no consumo das famílias, 2,0% no consumo do governo e 2% na FBCF, com exportações e importações previstas para crescer 2,5% cada.

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