A operação da Polícia Federal contra o ex-CEO e membros da diretoria das Lojas Americanas não impactaram as ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo nesta quinta-feira (27).
Até às 11h45, os papéis eram cobrados a R$ 0,40. Após a divulgação da operação, as ações tiveram uma leve alta de 2,50%, cotadas a R$ 0,41. Mas, em minutos, os papéis retornaram à estabilidade.
Desde que a fraude contábil foi revelada, em 11 de janeiro de 2023, os papéis já caíram cerca de 97%. Em maio deste ano, a empresa aprovou o grupamento de ações na proporção de 100 para 1, que será validado a partir de 17 de julho.
A operação
Entre os alvos da PF está o ex-CEO Miguel Gutierrez e a ex-executiva Anna Saicali. Eles têm mandado de prisão e foram incluídos na difusão vermelha da Interpol, que serve para divulgar ordens de prisão de indivíduos no exterior. Segundo as investigações, a empresa fraudou R$ 25,3 bilhões.
Outros investigados são: Anna Christina Soteto, Carlos Eduardo Padilha, Fabien Picavet, Fabio Abrate, Jean Pierre Ferreira, João Guerra Duarte Neto, José Timotheo de Barros, Luiz Augusto Henriques, Marcio Cruz Meirelles, Maria Chirstina Do Nascimento, Murilo dos Santos Correa e Raoni Lapagesse Franco.
Gutierrez deixou o Brasil logo após sair do cargo na Americanas, em dezembro de 2022. Ele tem dupla nacionalidade, brasileira e espanhola. Saicali, também deixou o país, segundo a Folha de São Paulo.
Em nota, a Americanas afirmou que confia nas autoridades que investigam o caso e ressalta que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria. “A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos”, disse a empresa, hoje comandada por Sergio Rial, que expôs o rombo bilionário da varejista.
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