O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , afirmou que o governo federal se encontra sem alternativas para lidar com a redução na arrecadação resultante da desoneração da folha de pagamento, uma vez que a MP do PIS/Cofins, devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , não está em vigor.
Na terça-feira (11), Pacheco devolveu a MP do PIS/Cofins, chamada também de "MP do fim do mundo". Com isso, a proposta perde a validade. Como justificativa, ele mencionou a falta de noventena.
Na segunda-feira (10), Pacheco se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e expressou seu descontentamento o governo em relação ao tema através de medida provisória.
O que diz Haddad?
O ministro da Fazenda afirmou que não tem "plano B" para a MP. O governo busca encontrar formas de compensar a diminuição da receita decorrente da desoneração da folha de pagamento dos 17 setores econômicos que mais empregam.
"O Senado assumiu parte da responsabilidade por tentar construir uma solução, pelo que entendi pela fala do presidente Rodrigo Pacheco. Vamos colocar toda a equipe da Receita Federal à disposição do Senado para tenta construir uma alternativa, uma vez que tem um prazo exíguo e que precisa encontrar uma solução', disse Haddad.
Ele acrescentou ainda que a Fazenda está preocupada com fraudes descobertas na compensação de PIS/Cofins . Os desvios chegam a R$ 25 bilhões por ano, segundo o ministro.
"Vamos tentar encontrar um caminho. A equipe está toda disponível, eu estou disponível. Temos que sentar com o Congresso Nacional, como temos feito com tudo", afirmou.
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