Outback tem 152 unidades no Brasil
Divulgação/Outback
Outback tem 152 unidades no Brasil

Responsável por administrar o  Outback Steakhouse , a Bloomin' Brands anunciou, no início deste mês, que está avaliando vender o comando de sua rede de restaurante no Brasil . O movimento surpreendeu os apaixonados pela cozinha australiana, já que as unidades estão frequentemente cheias. 

Em comunicado divulgado no Instagram, o vice-presidente executivo de estratégia global de clientes e Brasil, Pierre A. Berenstein, disse que o Outback não sairá do Brasil . Entretanto, a venda do controle das operações da rede no país é estudada. Mas o que está por trás deste movimento?

Lucro para os acionistas

No comunicado em que abre a possibilidade de venda, a Bloomin' Brands deixou claro que visa maximizar o valor para os acionistas. Isto, entretanto, não quer dizer que os restaurantes 152 restaurantes espalhados pelo Brasil não deem lucro. 

Pelo contrário, a operação brasileira é a segunda mais rentável do mundo para a empresa, atrás apenas dos EUA. Justamente por isso, segundo especialistas, a Bloomin' Brands planeja arrecadar uma boa quantia com uma possível negociação.

A companhia, ainda, embolsaria com o recebimento de uma taxa sobre a receita do Outback, como um licenciamento da marca. "É muito comum que uma companhia venda alguma operação de valor, como é o caso do Brasil para o Outback, quando a sede precisa de dinheiro", disse Samuel Barros, reitor do Ibmec Rio de Janeiro, em entrevista ao g1. 

Real desvalorizado e alimentos mais caros

Além disso, a Bloomin' Brands sofre com a desvalorização do real. De acordo com o professor da FIA Business School Rodolfo Olivo, todos investimentos na rede brasileira aconteceram durante uma boa valorização da moeda nacional frente ao dólar. 

"A nossa moeda ficou mais pobre. Antes da pandemia, o dólar estava na casa de R$ 3,50 ou R$ 4. Agora, quando se transforma a receita de real para dólar, ela fica efetivamente menor", pontou Olivo, também ao g1, destacando que a empresa continua "fechando as contas" com a moeda norte-americana. 

Por fim, a companhia também passou a sofrer com a alta no preço dos alimentos no Brasil. "As operações tiveram um aumento significativo de custos por conta dos produtos alimentícios", disse Barros, acrescentando que o brasileiro passou a buscar comidas mais saudáveis.

"Também vivemos um cenário em que o consumidor passou a buscar uma alimentação mais saudável, o que pode reduzir o interesse pelo tipo de comida que o Outback oferece", finalizou.

Quer ficar por dentro das principais notícias do dia?  Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!