O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, teve um papel decisivo em uma votação acirrada no Copom (Comitê de Política Monetária) que definiu o corte da taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual.
A decisão revelou um "racha" dentro do colegiado do Banco Central, com o grupo do governo do presidente Lula (PT) defendendo um corte de 0,50 ponto, mas sendo derrotado na reunião.
Essa não foi a primeira vez que Campos Neto precisou votar em relação à taxa de juros, destacando a importância das decisões econômicas neste período de transição política.
A votação escancarou as divergências entre os membros do Copom, com cinco diretores favoráveis ao corte de 0,25 ponto e quatro – todos indicados pelo governo – defendendo o corte de 0,50.
Os diretores indicados pelo atual governo seguem uma postura de defesa de uma política monetária mais flexível em relação aos juros, visando impulsionar a economia. Por outro lado, os antigos diretores, indicados pelo governo Bolsonaro, adotam uma postura mais cautelosa.
Com o mandato de Campos Neto chegando ao fim neste ano, os favoritos para sucedê-lo são Gabriel Galípolo e Paulo Pichetti, devido à sua maior afinidade com o governo Lula.
Essa possível mudança na presidência do Banco Central levanta preocupações no mercado financeiro, conforme revelado pelo Portal G1.
Os especialistas aguardam a divulgação da ata do Copom para analisar mais profundamente a decisão do colegiado sobre o corte de juros, buscando entender os impactos econômicos e financeiros dessa medida.
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