A Casas Bahia anunciou na noite de domingo (28), que entrou em um acordo extrajudicial para a renegociação de uma dívida de R$ 4,1 bilhões com o Bradesco e Banco do Brasil, principais credores financeiros da empresa.
O presidente da empresa, Renato Franklin, informou que o acordo melhora o fluxo de caixa da empresa em R$ 4,3 bilhões nos próximos quatro anos, sendo R$ 1,5 bilhão apenas em 2024.
O prazo de pagamento da dívida foi prolongado, saindo de 22 meses para 72 meses. Também houve redução de 1,5 ponto percentual no custo médio da dívida, garantindo a economia de R$ 60 milhões ao ano.
Ademais, os credores poderão converter parte dos créditos em ações, disse o presidente das Casas Bahia. Os bancos detêm 54,5% da dívida da empresa e aceitaram a renegociação.
"Ponto importante é que no momento do pedido da Recuperação Extrajudicial (RE), já temos a adesão formalizada da maioria dos credores (nossos principais parceiros financeiros) para aprovação. Este modelo garante uma execução de um processo organizado e estruturado", escreveu Renato Franklin em comunicado.
O presidente das Casas Bahia ressaltou ainda que a reestruturação da dívida se limita aos credores financeiros. Não haverá implicação para os clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros, os quais continuarão recebendo os pagamentos pontualmente, sem interrupção ou alteração.
Prejuízo
A Casas Bahia, com suas 1.078 lojas físicas, registrou um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023. Ao longo do ano, o prejuízo totalizou R$ 2,6 bilhões, aproximadamente oito vezes mais do que no ano anterior.
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