O deputado federal Alexandre Barbosa (PSDB-SP) protocolou nesta quarta-feira (24) um convite para que o presidente da GOL, Celso Ferrer, compareça a uma audiência pública na Câmara dos Deputados.
O objetivo é esclarecer as circunstâncias que levaram à morte do golden retriever Joca na última segunda-feira (22) e estabelecer novas regras para o transporte de animais.
A Câmara também quer ouvir Tiago Sousa Pereira, presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Caso Joca
Na segunda-feira (22), Joca morreu dentro de um avião da Gol. Ele deveria ter embarcado com destino a Sinop, em Mato Grosso, junto com o seu tutor, João Fantazzini Júnior. Contudo, por um erro da empresa, a aeronave pousou em Fortaleza, no Ceará. O caso foi registrado como crime de abuso a animais. A Delegacia de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente está à frente do caso.
Segundo a família, a empresa não proporcionou os cuidados necessários ao animal. João disse que apresentou um atestado veterinário à companhia aérea, indicando que o animal suportaria uma viagem de até duas horas e meia. Contudo, com o erro da Gol, Joca ficou quase 8 horas na aeronave.
O animal tinha cinco anos e foi transportado por engano para Fortaleza. Ele ainda ficou cerca de 1h30min na pista de embarque e desembarque, em uma temperatura de aproximadamente 36°C. Joca ficou dentro do canil sem comida ou água, segundo a família.
"Não tem ninguém que aguente uma pista aérea com 36°C de sol. Ele fechado na caixa. Não tiraram ele da caixa, ele voltou todo molhado", relatou João à TV Globo.
Anac abre investigação
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) irá instaurar um processo administrativo contra a GOL para investigar os motivos que levaram à morte do cachorro. A companhia tem três dias para prestar informações sobre o caso.
Serviço suspenso
Após a repercussão do caso, a Gol anunciou que o serviço Gollog está suspenso pelos próximos 30 dias.
A decisão da Gol entrou em vigor a partir desta quarta. Segundo a companhia, esse período será destinado a concluir a investigação do caso. A empresa reforça que apenas o serviço Dog&Cat Cabine, que autoriza os pets a viajarem na cabine com os passageiros, continuará em operação normal.
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