Ações da Gol despencam após morte de cachorro
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 29/07/2022
Ações da Gol despencam após morte de cachorro

As ações da companhia aérea Gol (GOLL4) caíram mais de 8% nesta quarta-feira (24). Os papéis eram negociados a R$ 1,36 no início do dia. Às 13h, o preço alcançou uma mínima de R$ 1,25, ou seja, uma queda de 8,1%. 

Caso Joca

Essa queda aconteceu logo após o  acidente com o Golden Retriever Joca, noticiado na terça-feira (23). O cachorro de 5 anos estava sendo transportado pela Gollog, serviço da empresa responsável pelo transporte de animais nos voos, quando morreu durante o percurso.

O animal deveria ter sido levado de São Paulo (SP) Para Sinop (MT), mas foi parar em Fortaleza (CE). Seu tutor foi avisado do ocorrido somente quando Joca foi transportado de volta para o aeroporto de Guarulhos.  O cachorro foi submetido a uma viagem de oito horas, quando deveria ter ficado em trânsito somente duas. 

Anac abre investigação

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) irá instaurar um  processo administrativo contra a GOL para investigar os motivos que levaram à morte do cachorro. A companhia tem três dias para prestar informações sobre o caso.

Serviço suspenso

Após a repercussão do caso, a  Gol anunciou que o serviço Gollog está suspenso pelos próximos 30 dias. 

A decisão da Gol entrou em vigor a partir desta quarta. Segundo a companhia, esse período será destinado a concluir a investigação do caso. A empresa reforça que apenas o serviço Dog&Cat Cabine, que autoriza os pets a viajarem na cabine com os passageiros, continuará em operação normal.

Quem comprou o serviço pode pedir a restituição do valor ou solicitar o adiamento da viagem para depois de 23 de maio. 

O caso

Na segunda-feira (22), Joca morreu dentro de um avião da Gol. Ele deveria ter embarcado com destino a Sinop, em Mato Grosso, junto com o seu tutor, João Fantazzini Júnior. Contudo, por um erro da empresa, a aeronave pousou em Fortaleza, no Ceará. O caso foi registrado como crime de abuso a animais. A Delegacia de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente está à frente do caso.

Segundo a família, a empresa não proporcionou os cuidados necessários ao animal. João disse que apresentou um atestado veterinário à companhia aérea, indicando que o animal suportaria uma viagem de até duas horas e meia. Contudo, com o erro da Gol, Joca ficou quase 8 horas na aeronave.

O animal tinha cinco anos e foi transportado por engano para Fortaleza. Ele ainda ficou cerca de 1h30min na pista de embarque e desembarque, em uma temperatura de aproximadamente 36°C. Joca ficou dentro do canil sem comida ou água, segundo a família.

"Não tem ninguém que aguente uma pista aérea com 36°C de sol. Ele fechado na caixa. Não tiraram ele da caixa, ele voltou todo molhado", relatou João à TV Globo.

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