O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que deseja reduzir ainda mais o valor da carne bovina. Em conversa com jornalistas, nesta terça-feira (23), no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo relembrou uma de suas promessas de campanha ao se comprometer a baixar o preço do quilo da picanha e da cerveja.
"Eu não esqueci da cervejinha e da picanha. Eu ainda falo até hoje. O preço da carne já baixou, mas tem que baixar muito mais. Tudo isso está no nosso programa", declarou Lula.
"Já fizemos a desoneração do Imposto de Renda até dois salários mínimos. Tenho compromisso de fazer até R$ 5 mil até o fim do meu mandato, e vou fazer", acrescentou o presidente, recordando de outra promessa eleitoral.
Em quase um ano e meio de mandato, o petista conseguiu baixar o valor da carne, mas vem sofrendo críticas pelo aumento no preço das frutas, legumes e verduras. Quanto ao IR, o aumento na faixa de isenção foi aprovado no Senado na semana passada e encaminhado à sanção presidencial.
Outros temas
No encontro com jornalistas, Lula também disse que não irá demitir o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates , após entreveros com membros de seu governo. Apesar de reconhecer divergências com Prates, ele minimizou o caso.
Além disso, Lula também defendeu seu veto em relação à parte que proibia as saídas temporárias de presos em regime semiaberto, no projeto conhecido como "saidinhas". "A família quer ver o cara que tá preso. Então, eu segui a orientação do Ministério da Justiça e vetei. Vamos ver o que vai acontecer se o Senado derrubar, ou melhor, se o Congresso derrubar. É um problema do Congresso. Eu posso lamentar, mas eu tenho que acatar, tá?", afirmou.
Por fim, Lula ainda minimizou o atrito com Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e a dificuldade na articulação. "Todas as coisas vão ser aprovadas e todas as coisas serão acordadas com a presença do líder do governo na Câmara, do líder do governo no Senado, no Congresso, com os ministros que são os ministros responsáveis pela matéria, com a participação obviamente da Casa Civil e do Ministro da Articulação Política. Isso vai acontecer, portanto, não tem nenhuma divergência que não possa ser superada."
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