FMI piorou projeção fiscal do Brasil
Cassio Gusson
FMI piorou projeção fiscal do Brasil

Fundo Monerátio Internacional (FMI) piorou a projeção fiscal do Brasil para os próximos anos. De acordo com dados atualizados do Monitor Fiscal , divulgado nesta quarta-feira (17), é provável que o país tenha déficit primário de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e de 0,3% em 2025 . Na última previsão, feita em outubro de 2023, as estimativas apontavam déficit de 0,2% e superávit de 0,2%, respectivamente. 

Segundo os cálculos do Monitor Fiscal, o Brasil atingirá a meta de déficit zero apenas em 2026 , no último ano de mandato do presidente  Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2027, a projeção é de superávit de 0,4%, subindo constantemente até 2029, o último ano analisado pelo FMI. 

As previsões do Fundo ocorreram antes do governo anunciar, nesta semana, mudanças na meta fiscal . Na ocasião, a gestão de Lula comunicou que abandonou a meta de superávit primário em 2025 e acendeu um alerta sobre a economia brasileira. 

“O ajuste foi feito para, à luz do aprendizado de mais de um ano, nós estabelecermos uma trajetória que está completamente em linha com o que se espera no médio prazo de estabilidade da dívida”, explicou o ministro da Fazenda,  Fernando Haddad (PT), em conversa com a imprensa, na terça-feira (16), em Wahsington, nos Estados Unidos.

Apesar da estimativa negativa, o FMI destacou o Brasil como um dos países que passaram por uma reforma fiscal no ano passado. "[O país] aprovou novas regras fiscais e uma reforma tributária (no ano passado), com objetivo de modernizar e melhorar a eficiência do seu regime de impostos", diz o relatório ao se referir ao arcabouço fiscal. 

Divída pública

O Monitor Fiscal também revisou as projeções para a dívida pública. Na última previsão, o Brasil possuía uma dívida de 90,3% do PIB para 2024. Agora, o país deve fechar o ano em 86,7%. Apesar da melhora na estimativa, o governo brasileiro só perde para Egito e Ucrânia no grau de endividamento. 

A longo prazo, a previsão era que a dívida do Brasil chegasse a 96% do PIB em 2028. Agora, a proeção atual é de 93% para o ano em questão.

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