Edifício sede da Petrobras
Fernando Frazão/Agência Brasil
Edifício sede da Petrobras


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu nesta quinta-feira (4) que pagará metade dos dividendos da Petrobras, uma decisão que diminui um período de tensão com o presidente da estatal, Jean Paul Prates.

De acordo com informações da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, os ministros de Lula e Prates chegaram a um acordo e decidiram que aproximadamente R$ 20 bilhões em dividendos serão pagos pela Petrobras.

Como o governo é o sócio majoritário da companhia, cerca de R$ 6 bilhões serão direcionados para os cofres públicos. O Ministério da Fazenda em Brasília tem destacado a importância desse valor para contribuir com a meta fiscal de déficit zero, prometida pelo ministro Fernando Haddad (PT-SP).

A responsabilidade de apresentar a proposta para a assembleia ficará a cargo do conselho de administração da Petrobras, que tem a palavra final sobre o assunto. A reunião do grupo está marcada para esta sexta-feira (5), embora o tema ainda não esteja em pauta.

A decisão da Petrobras em março de não distribuir os dividendos extraordinários entre os acionistas teve um impacto negativo significativo no mercado, resultando em uma perda de R$ 55,3 bilhões em valor para a companhia.


Jean Paul Prates, que nunca teve unanimidade em seu cargo, viu seu prestígio com o presidente Lula diminuir. Alguns membros do governo defendem uma possível troca no comando da Petrobras, o que tem deixado o chefe da empresa incerto sobre seu futuro.

Uma das alternativas propostas por membros do governo é a transferência de Aloizio Mercadante da presidência do BNDES para a Petrobras. Enquanto isso, o BNDES seria liderado por Nelson Barbosa, ex-ministro do Planejamento.

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