Fachada do Banco Central do Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Fachada do Banco Central do Brasil

O  Banco Central aumentou sua projeção de crescimento econômico de 1,7% para 1,9% no ano de 2024, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (28).

Caso seja confirmada, a previsão representa uma desaceleração em relação ao patamar do ano passado, de crescimento de 2,9%.

Apesar dos resultados estarem acima do que era previsto para o primeiro trimestre, a previsão do BC para o Produto Interno Bruto (PIB) ainda está abaixo da estimativa atual do Ministério da Fazenda de 2,2%. 

Entretanto, esse número deve ser revisado ainda neste semestre pela equipe econômica, conforme informado pelo ministro Fernando Haddad.

A mudança nas projeções do Banco Central para o PIB fazem com que elas fiquem levemente acima das perspectivas do mercado financeiro, que prevê um crescimento da economia de 1,85%, atualmente.

Estimativas para inflação ficam inalteradas

O Relatório reconhece que o índice do IPCA “surpreendeu para cima no trimestre encerrado em fevereiro”, sendo o primeiro aumento após quatro trimestres com índices abaixo do estimado.

Nos três meses até fevereiro, a inflação oficial ficou 0,54 ponto acima da expectativa do Copom. “A surpresa de alta no trimestre deveu-se principalmente aos segmentos de preços administrados e de alimentação no domicílio”, diz o documento.

Dos preços com influência do governo, a surpresa se concentrou na gasolina e produtos farmacêuticos. Nos setores de alimentação no domicílio, os aumentos maiores acima do esperado foram vistos em alimentos in natura e no agregado de arroz e feijão e em leites e derivados.

Ainda assim, as expectativas do BC para o IPCA não foram alteradas. No cenário com a Selic esperada pelos economistas na pesquisa Focus, a projeção para o IPCA em 2024 foi mantida em 3,5%.

Por mês, o BC trabalha com a estimativa de alta do IPCA de 0,24% em março, 0,35% em abril, 0,27% em maio e 0,15% em junho.

Para 2025 e 2026, também continuam as previsões com inflação oficial de 3,2% em cada um dos dois anos.

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