O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições, nesta terça-feira (26), a fusão entre Arezzo e Grupo Soma . O negócio, anunciado pelas empresas no início de fevereiro, envolve um faturamento de cerca de R$ 12 bilhões. A decisão da autarquia deverá ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) nos próximos dias.
Após a publicação, outras empresas ou conselheiros têm um prazo de 15 dias para recorrer da decisão ao Tribunal do Cade. Se não houver recurso, a decisão é considerada plena.
No despacho, o Cade concluiu que a operação não prejudica o ambiente concorrencial. A decisão considera que a participação das empresas no mercado é pequena e que há uma tendência no segmento de formar grandes players com um portfólio variado de marcas e produtos para atingir diferentes perfis de consumidores.
A fusão poderá ser concretizada na prática. Após o sinal verde do regulador, uma série de iniciativas pode ser implementada, incluindo negociações com shoppings para ajustar mix e preço de aluguel de lojas, aproveitando a robustez da operação integrada.
A Arezzo é especializada na fabricação e venda de calçados e bolsas, também atuando no segmento de vestuário e acessórios no Brasil, nos Estados Unidos e na Itália. Atualmente, o grupo detém várias marcas, incluindo Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, e outras.
O Grupo Soma é uma empresa de capital aberto que atua principalmente no comércio de vestuário, sendo dono de marcas como Animale, Farm, Fábula, Foxton, Cris Barros, Maria Filó, e outras.
A fusão, segundo as empresas, trará ganhos de sinergia na gestão de canais de venda, processos de produção industrial e a possibilidade de desenvolver novas linhas de negócios, consolidando as marcas em um mercado competitivo.
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