A caderneta de poupança registrou saque líquido de R$ 3,824 bilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (8). Esse resultado segue uma tendência iniciada em janeiro, quando houve retirada de R$ 20,149 bilhões. Em comparação, em fevereiro de 2023, o saque líquido foi de R$ 11,515 bilhões.
Os saques recorrentes na poupança ocorrem em um contexto de juros ainda elevados, o que reduz a atratividade dessa modalidade de investimento. O Banco Central já reduziu a taxa básica Selic de 13,75% para os atuais 11,25%, e um novo corte de 0,5 ponto percentual é esperado neste mês.
Para Amarildo José Rodrigues, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, historicamente, a poupança foi uma escolha popular entre os brasileiros devido à sua simplicidade e segurança. Contudo, a queda na taxa de juros, combinada com a inflação, tem impactado negativamente o rendimento da poupança, levando muitos investidores a reavaliar suas estratégias.
Amarildo destaca que, em um ambiente de juros baixos, a diversificação se torna crucial para maximizar ganhos e minimizar riscos.
“Investir em renda fixa, como CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e títulos públicos, surge como uma alternativa atraente. Essas opções oferecem retornos mais interessantes do que a poupança e são consideradas de baixo risco. Vale ressaltar que, embora tenham rentabilidades superiores, é essencial analisar prazos e condições oferecidas por cada instituição”, finaliza.