Investimentos diretos somam US$ 7,8 bi em novembro, diz Banco Central
Agência Brasil
Investimentos diretos somam US$ 7,8 bi em novembro, diz Banco Central

Os servidores do Banco Central do Brasil (BC) anunciaram nesta terça-feira (20) o início de uma greve com de 48 horas, em resposta à contraproposta apresentada pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI)  a respeito das reivindicações feitas pela categoria por melhores condições salariais e progressão de carreira.

Por meio de um comunicado, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) disse que a oferta do MGI de reajustar os salários em 13% parcelados entre 2025 e 2026, foi considerada insatisfatória, pois não contempla as principais reivindicações dos trabalhadores, como a obrigatoriedade de nível superior para o cargo de Técnico, a alteração da nomenclatura do cargo de Analista para Auditor e a instituição de uma Retribuição por Produtividade Institucional.

Os servidores argumentam que a paralisação é uma ferramenta para provocar uma asfixia operacional e burocrática no BC. 

Contexto da paralisação

A insatisfação dos servidores é comprovada por uma onda de entrega de cargos de comissão, que já conta com mais de 500 renúncias, diz Fábio Faiad Presidente Nacional do Sinal. “A greve tem potencial para provocar um impacto significativo no funcionamento do Banco Central, ameaçando levar a um esvaziamento de seu comando operacional, incluindo gerências e diretorias."

Uma nova reunião entre o sindicato da categoria e o MGI está agendada para amanhã (21). Caso as partes não avancem nas negociações, o Sinal afirma que esse é um indicativo para a deflagração de uma greve por tempo indeterminado.

Insatisfação dos servidores

Os servidores do BC  pede melhores condições de trabalho e salários mais competitivos. O movimento em cima dessa reinvidicações acontece desde 2023, o que está afetando a divulgação de diversos indicadores do banco, como as notas econômico-financeiras e a taxa de câmbio Ptax, além do Focus e do fluxo cambial.

Os servidores já estão em operação-padrão desde julho de 2023, o que tem provocado atrasos na divulgação de indicadores econômicos.

Em dezembro do ano passado, trabalhadores do BC protestaram durante o Encontro Anual Drex 2023 em Brasília, onde fica a sede do órgão. Eles levaram cartazes onde se liam as hashtags “valorização” e “Drexit”.

Em janeiro de 2024, a categoriarealizou uma paralisação de 24 horas, alegando que o movimento era necessário porque o governo teria atendido a demandas de outros órgãos como Receita Federal e Polícia Federal, deixando de lado o BC.


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