Na sexta-feira (9), os servidores do Banco Central rejeitaram por ampla maioria a proposta apresentada pelo governo federal em uma votação que contou com a participação de representantes da categoria.
Além disso, os funcionários aprovaram uma paralisação inicial de 48 horas, prevista para os dias 20 e 21 de fevereiro. As negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos não estavam satisfatórias, conforme destacaram os representantes sindicais.
A proposta do governo foi duramente criticada pelos servidores, sendo rejeitada por 97% dos presentes na votação. O sindicato emitiu uma nota em que ressaltou as principais falhas da contraproposta, afirmando que "não atende às principais reivindicações da categoria".
Entre as demandas não atendidas estão a exigência de nível superior para o cargo de Técnico, a mudança do nome do cargo de Analista para Auditor, e a criação de uma Retribuição por Produtividade Institucional.
A categoria, que exige um reajuste de 36%, também decidiu que os cargos comissionados precisam ser entregues imediatamente, o que implicará na ausência de comando nas gerências e diretorias do Banco Central.
Por outro lado, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos publicou uma nota ressaltando que o primeiro acordo fechado no ano passado previa um reajuste linear de 9% e um aumento significativo no auxílio alimentação, totalizando 43,6%. O ministério não comentou diretamente a rejeição da proposta atual pelos servidores.
Com o impasse entre os servidores e o governo, o cenário é de incerteza quanto aos próximos passos das negociações e às medidas que serão adotadas para resolver o conflito.