Os pagamentos feitos por meio do PIX, sistema em tempo real, somaram R$ 17,18 trilhões no ano passado e bateram recorde. As informações são do Banco Central.
No final de 2023, a instituição divulgou um balanço referente ao montande de transações realizadas por meio da modalidade, entre janeiro e novembro. No total, o BC contabilizou 143 milhões de pessoas físicas cadastradas no período, com um recorde de R$ 15,3 trilhões movimentados no acumulado do ano.
Ainda segundo o BC, o crescimento das transações feitas via PIX foi de 57,8% na comparação com 2022, quando as movimentações totalizaram R$ 10,89 trilhões. E foram mais do que o triplo do volume de 2021 - quando somaram R$ 5,21 trilhões.
PIX é usada há 3 anos
O PIX, sistema de transferência de recursos em tempo real do Banco Central, foi lançado em dezembro de 2020. Apenas dois anos depois, em 2022, ele se tornou principal instrumento do mercado, sendo responsável por 29% das transações financeiras, superando o cartão de crédito.
Com o crescimento do PIX, instituições associadas à Federação Brasileira de Bancos encerraram em meados de janeiro a realização de transferências via DOC (Documento de Ordem de Crédito).
Sistema estimula bancarização
Um dos objetivos do PIX era aumentar a digitalização das transações financeiras no Brasil e ampliar o número de pessoas com contas bancárias, ou de pagamentos.
De acordo com dados do Banco Central, o número de clientes pessoas físicas com "relacionamento" com o sistema financeiro subiu nos últimos anos. Em 2020, 178,922 milhões de CPFs estavam cadastrados no sistema, volume que subiu para 182,218 milhões no fechamento de 2021 e para 188,335 milhões em 2022.
No fim de 2023, os dados do BC mostram que 194,119 milhões de pessoas (CPFs) já tinham relacionamento bancário, ou seja, grande parte da população brasileira - estimada em 203 milhões pelo censo de 2022.