O estudo apresenta uma tabela dividida entre os quatro estratos sociais: o milésimo (0,1%) mais rico, o 1% mais rico, os 5% mais ricos e os 95% restantes.
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O estudo apresenta uma tabela dividida entre os quatro estratos sociais: o milésimo (0,1%) mais rico, o 1% mais rico, os 5% mais ricos e os 95% restantes.

A renda dos 15 mil mais ricos do Brasil cresceu o triplo em comparação ao restante da população, de acordo com nota técnica publicada nesta terça-feira (16) pelo economista Sérgio Gobetti no Observatório de Política Fiscal da FGV. 

O estudo apresenta uma tabela dividida entre os quatro estratos sociais: o milésimo (0,1%) mais rico, o 1% mais rico, os 5% mais ricos e os 95% restantes.

O estudo aponta que o crescimento da renda entre o milésimo mais rico (0,1%) quase dobrou (96%) entre os anos de 2017 e 2022. Na fatia 1% mais rica, o crescimento também foi alto, de 67%. Entre os 5% com mais ganhos, de 51%. Os 95%, no entanto, tiveram um aumento médio na renda de cerca de 33% em um período em que a inflação chegava a 31%.

A base dos cálculos são os dados divulgados de declarações do Imposto de Renda pela Receita Federal. Partindo desse dado, foi possível verificar quanto ganham as pessoas mais ricas e comparar com a evolução da renda de todos os brasileiros.

Gobetti destaca a atividade rural e o aumento do valor distribuído em forma de lucros e dividendos como fatores decisivos para o crescimentos das elites. No segundo caso, o valor distribuído passou de R$ 371 bilhões em 2017 para R$ 830 bilhões em 2022.

A revogação da atual isenção sobre dividendos é parte fundamental da proposta da segunda etapa da reforma tributária sugerida pelo governo Lula. O presidente deve enviá-la até março para o Congresso.

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