Os servidores do Banco Central discutem nesta sexta-feira (5) a possibilidade de iniciar uma greve de 24 horas na próxima quinta-feira (11). Os funcionários públicos pedem reestruturação de carreira e reajuste no salário.
A convocação foi feita pelo Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central). “Em caso de confirmação do indicativo, os esforços serão direcionados para a construção da maior greve de 24 horas na história do Banco Central do Brasil”, diz o sindicato em nota no site.
O indicativo de paralisação foi anunciado no fim de dezembro pelo Sinal. Em nota divulgada na época, o sindicato disse que a greve é em resposta às "concessões assimétricas" feitas pelo governo a outras categorias, como policiais federais e auditores da Receita Federal, e demonstra a insatisfação "em relação à falta de consideração" do Planalto com as demandas da categoria.
Conforme o Sinal, os funcionários da PF e da Receita Federal receberam propostas concretas. "Para o BC, só existiu enrolação", declarou o sindicato. "Diante desse tratamento diferenciado, o corpo funcional do Banco Central vai cruzar os braços por 24 horas, com a expectativa de provocar um forte apagão em todos os serviços do órgão", completou.
O sindicato disse que o "apagão" deve repercutir no atendimento ao mercado e ao público, com o cancelamento de reuniões com o sistema financeiro, a possibilidade de problemas de manutenção em sistemas do BC e o atraso de divulgação de informações, entre outras coisas. As principais reivindicações dos funcionários do BC são:
- Criação de um bônus por produtividade;
- Reajuste salarial;
- Exigência de nível superior para o cargo de técnico;
- Mudança do nome do cargo de analista para auditor.
Fábio Faiad, presidente do Sinal, destacou a urgência de uma resposta do governo para "corrigir as disparidades" e ressaltou "a disposição dos servidores em defender seus direitos". Segundo ele, "não faz sentido atender apenas a Receita Federal e a Polícia Federal", pois "o BC merece ser respeitado".