Nesta quinta-feira (23), o Bradesco anunciou a alteração na presidência do banco, com Marcelo de Araújo Noronha assumindo o cargo em substituição a Octavio de Lazari Junior, que ocupava a posição nos últimos cinco anos. O mercado reagiu positivamente à mudança, refletida por uma abertura em alta de mais de 5% nas ações da instituição.
Com 58 anos, Noronha iniciou sua trajetória bancária em 1985, no Recife. Em 1994, transferiu-se para São Paulo e, antes de integrar o Bradesco, desempenhou funções na diretoria do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Brasil até 2003. Anteriormente, Noronha liderou a área de atacado do conglomerado.
O novo presidente indicou que sua gestão estará centrada em resultados, demonstrando plena consciência da missão ao assumir a liderança do segundo maior banco privado do Brasil. Sua ascensão ao cargo ocorreu após liderar a reorganização no segmento de varejo , enfrentando desafios decorrentes do aumento da inadimplência, que impactaram os resultados da instituição.
“O mercado é muito competitivo e exige múltiplas capacidades de todos nós. Com os pés no chão, tenho consciência da minha missão. E não será diferente dessa vez”, declarou em nota.
“Tenho visão plena das decisões relevantes que me aguardam, e o tamanho da carga das expectativas dos clientes, colaboradores e acionistas do Bradesco”, complementa.
No encerramento do terceiro trimestre, o Bradesco registrou uma redução de 11,5% no lucro líquido recorrente em comparação ao mesmo período de 2022. Apesar da estabilidade na carteira de crédito, o banco enfrentou o ápice da inadimplência em comparação com os últimos períodos. No entanto, a instituição visualiza os próximos trimestres como períodos de recuperação na margem financeira.
Após o anúncio, as ações preferenciais do banco atingiram R$ 16,65, registrando um aumento de 5,85%. Por volta das 10:30, as ações diminuíram o ganho para 3,24%, atingindo R$ 16,24, mas ainda liderando o desempenho positivo no Ibovespa
, o índice de referência do mercado acionário brasileiro, que apresentava um aumento de 0,18%. Até o fechamento do pregão anterior, as ações acumulavam uma valorização de aproximadamente 11% em 2023.