Quais estados serão afetados pela paralisação dos Correios?

A FINDECT anunciou a paralisação dos serviços do Correio nesta quarta-feira (22), às vésperas da Black Friday

Trabalhadores dos Correios entram em greve nesta quinta (23)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Trabalhadores dos Correios entram em greve nesta quinta (23)

Nesta quarta-feira (22), a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos  Correios (FINDECT) informou que os sindicatos filiados estão sendo convocados para uma greve , que seguirá por tempo indeterminado. 

Até o momento, os sindicatos filiados que estão entrando na paralisação são os localizados no estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantis e Maranhão, sendo um dos sindicatos firmado na cidade de Bauru (SP). 

Ao Portal iG , o porta-voz do FINDECT, Douglas Cristóvão de Melo, informou que até o momento apenas o sindicato do Tocantins aprovou a paralisação, que deve começar a partir da meia-noite desta quinta-feira (23).

Os sindicatos de Rio de Janeiro, Maranhão e Bauru realizarão assembleias na tarde desta quarta-feira para ouvirem as propostas e decidirem se vão aderir à greve. Já São Paulo marcou para a esta quinta-feira uma assembleia para decidir.

Melo ainda informa que o tempo de greve será indeterminado até que consiga se chegar a um acordo. O anúncio ocorre um dia após a empresa divulgar descontos de até 30% para envio de encomendas durante a Black Friday .

A Federação não assinou um acordo coletivo, por conta das intransigências e conivências da direção da ECT.

Motivos

A FINDECT emitiu um comunicado informando que a greve tem como objetivo "corrigir inconsistências apontadas pela Federação". Segundo o grupo, eles estão há 50 dias buscando um diálogo com o a direção da empresa para conseguir resolver 26 inconsistências, antes que um acordo seja firmado. Dentre elas, estão a "não incorporação dos R$ 250 ao salário base", sendo chamado pela FINDECT como um "golpe financeiro direto contra os trabalhadores".

"O golpe reside no fato de que esse valor não seria incorporado, contrariando o que foi inicialmente negociado. Essa tentativa da ECT de transformar o reajuste salarial em uma medida superficial, sem impacto duradouro, é uma clara ameaça aos direitos e à estabilidade financeira da categoria", diz o comunicado.

Outro ponto abordado é em relação à incidência de impostos nas bonificações de R$ 1500, que estão previstos para serem pagos em janeiro, e que há uma ameaça na redução drástica desse valor. Segundo a Federação, os trabalhadores "já sentiram no bolso no último pagamento com descontos absurdos e abusivos em cima dos R$ 1000 referente ao ticket peru em pecúnia, contrariando a promessa da direção de que esses valores chegariam de forma líquida aos trabalhadores."

Pontos como novos concursos públicos, melhorias nos planos de saúde e por melhoras nas condições de trabalho permeiam o discurso.