Nesta terça-feira (21), o peso argentino abriu em queda nas primeiras negociações após a vitória do ultraliberal Javier Milei, na corrida presidencial.
As negociações estavam paralisadas devido às eleições e pelo feriado bancário.
A moeda oficial estava sendo negociada nos primeiros negócios do dia em $356,10 para cada US$ 1 na venda. Isso cedia cerca de 0,59% do valor. A valoração já levava em conta a regulação da liquidez pelo banco central argentino.
O país estendeu até o dia 10 de dezembro um benefício para os complexos exportadores, que prevê uma taxa de câmbio preferencial, com o objetivo de liquidar parte das divisas obtidas com a venda. Dessa forma, incentivaria os negócios e, consequentemente, aumentaria a reserva do país.
Entretanto, é esperado que as ações de empresas do país continuem em alta, devido às expectativas que um governo ultraliberal geram ao mercado.
Nos Estados Unidos, as ações das empresas argentinas conseguiram subir até 40% na última segunda-feira (20). Quem lidera a lista é a empresa petrolífera YPF.
Já sobre a dívida soberana do país, ela se recuperou com o otimismo trazido em relação ao novo presidente, que agora lidera a terceira maior economia da América Latina . Vale ressaltar que a Argentina sofre atualmente com uma inflação de três dígitos, com uma recessão iminente e com a pobreza em crescente.
O dólar blue, métrica principal na cotação paralela com a moeda norte-americana, bateu $ 1 mil pesos. O jornal La Nación informou que antes das eleições, o valor do dólar blue havia sido congelado em $ 950 pesos, aumentado cerca de 10,5% após a vitória de Milei.
É esperado que a Argentina negocie um novo programa de empréstimo com o Fundo Monetário Internacional, para assim conseguir evitar um possível atraso na dívida de US$ 44 bilhões que possui no FMI.