O Pix, sistema de pagamento criado pelo Banco Central, completa 3 anos nesta quinta-feira (16) com mais de 155,8 milhões de usuários cadastrados e R$ 29,7 trilhões movimentados.
Desde 16 de novembro de 2020 até 31 de outubro de 2023, foram realizadas 66,5 bilhões de transações Pix, segundo o BC. Este sistema permite transferências bancárias gratuitas e, atualmente, qualquer serviço ou produto no Brasil pode ser pago via Pix.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, declarou que o surgimento do Pix foi benéfico para o setor bancário. Em discurso, disse que a ferramenta incentivou a abertura de contas bancárias. Além disso, o presidente do BC prevê que a ferramente atingirá a marca de transições diárias de, em média, uma transação por cidadão brasileiro.
Campos Neto fez esses comentários após o Pix receber o prêmio de Marca mais Admirada do Brasil no setor de pagamentos, concedido pelo Grupo Bandeirantes em uma cerimônia em São Paulo. As observações do presidente do Banco Central contrariam as previsões de que o meio de pagamento prejudicaria os bancos ao eliminar a possibilidade de cobrança de tarifas por transferências bancárias.
O BC projeta lançar em abril de 2024 o Pix Automático, o que viabilizaria o pagamento de contas com a autorização prévia do usuário. O sistema de pagamentos instantâneo teve alta de 105% com 11,7 bilhões de transações feitas em 2022.
Agora, o presidente do Banco Central vê o Pix assumindo gradualmente funções anteriormente reservadas aos cartões de crédito e revela planos mais ousados para o método de pagamento desenvolvido pela autarquia. Ele afirma que o Pix é parte de um plano mais amplo que envolve a digitalização e tokenização da moeda brasileira (Drex).
No dia 6 de setembro, houve um recorde de transações pelo Pix em um único dia, com 152,7 milhões de transferências registradas. O volume financeiro transferido foi de R$ 76,1 milhões.