A Enel, que vem sendo criticada devido ao "apagão" em várias regiões de São Paulo, reduziu drasticamente seu quadro de funcionários desde 2019, de acordo com dados apresentados à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O corte foi de quase 36% no período de 2019 a 2023, como revelado pela própria companhia à CNN.
Durante esse mesmo período, a Enel viu o número de clientes atendidos na região metropolitana de São Paulo crescer 7%, totalizando 7,85 milhões de consumidores residenciais e comerciais. Em 2019, havia um funcionário para cada 307 clientes. Atualmente, cada empregado da empresa está responsável por atender um grupo médio de 511 consumidores.
Em 2019, a Enel possuía 23.835 funcionários e colaboradores, incluindo profissionais contratados pela empresa e terceirizados da antiga Eletropaulo. No entanto, o número de trabalhadores da concessionária havia diminuído para 15.366, representando uma redução de 35,5% ao longo de quatro anos.
A empresa afirmou neste sábado (4) que a cidade de São Paulo e parte da Região Metropolitana só terão o serviço restabelecido 100% na próxima terça-feira (7).
Na tarde de sexta-feira (3), uma tempestade atingiu a Grande São Paulo,
com ventos que atingiram velocidades superiores a 100 km/h. Os impactos da tempestade se traduziram em cortes generalizados no fornecimento de energia elétrica. A empresa informou que aproximadamente 2,1 milhões dos seus 8 milhões de clientes no estado ficaram sem energia, resultando em um esforço massivo para restabelecer o serviço.