Lula
Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou comentar uma eventual mudança na meta fiscal neste domingo (5), durante entrevista coletiva na sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). 

Perguntado, o presidente preferiu se ater ao tema pelo qual convocou a coletiva, a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

"Meta fiscal me pergunta segunda-feira, hoje é dia de Enem", afirmou Lula.

O presidente disse na semana passada que "dificilmente" o governo cumpriria a meta fiscal de zerar o déficit público em 2024. Na mesma declaração, criticou o mercado financeiro e pediu que os ministros invistam em obras públicas. 

Segundo ele, um déficit de 0,25% do PIB seria "aceitável" e o compromisso de zerar o rombo fiscal seria dificilmente atingido no ano que vem.

Dentro do Ministério da Fazenda, a discussão é de quanto será o déficit no próximo ano. Especula-se que o governo envie um projeto ao Congresso sugerindo uma meta de 0,5% no déficit primário. 

O déficit primário é o balanço de receitas e despesas, sem considerar o pagamento de juros. Para 2024, a previsão era de uma meta de zerar esse saldo negativo, mas já se estuda revisar para déficit de 0,25% a 0,50% em relação ao PIB. 

O vice-líder do governo na Câmara, deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), declarou que a manutenção da meta mais restritiva está praticamente descartada. A discussão agora é em torno do tamanho do afrouxamento. 

“Vão fazer esse barulho todo para aumentar a meta em 0,25%, 0,50% [do PIB]? Vão mudar para um patamar confortável, até porque, a frustração de receitas já é uma realidade. Eles deixaram claro que não aceitam cortar despesas. Nem cortar, nem aumentar, cumprindo exatamente o que já está no orçamento, nem mais, nem menos”, disse o deputado Pedro Paulo à  CNN Brasil após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e com a ministra do Planejamento, Simone Tebet. 

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