A rede de livrarias Saraiva, que estava em recuperação judicial (RJ) desde 2018 , protocolou o pedido de falência, na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo. O anúncio foi feito na quarta-feira (4).
A Saraiva foi fundada por um imigrante português, Joaquim Inácio da Fonseca Saraiva, em 13 de dezembro de 1914 e chegou a ter mais de cem lojas abertas no Brasil. No início de 2018, ainda havia 85 unidades em 17 estados.
A livraria entrou em recuperação judicial ao apostar na venda de produtos eletrônicos e não conseguiu pagar as contas. O pedido de RJ notificava dívidas de R$ 675 milhões a mais de mil credores.
Nos últimos meses, a livraria fechou cerca de 30 lojas. As únicas unidades ainda abertas estavam em São Paulo (4) e uma em Campo Grande.
De acordo com o último balanço da empresa, a receita líquida de lojas físicas no segundo trimestre deste ano foi de R$ 7,2 milhões, representando uma queda de 60,2% se comparado ao mesmo período de 2022. No site, a receita líquida foi de R$ 100 mil, o que representa uma queda de 78,6% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
A Justiça agora deve formalizar a falência e a empresa poderá se desfazer dos bens e partilhar entre os credores. A prioridade será dada às dívidas trabalhistas, seguidas pelas com o Fisco.