Desigualdade se torna um desafio nos EUA
Lorena Amaro
Desigualdade se torna um desafio nos EUA


A taxa de pobreza nos Estados Unidos, medida pela SPM (Medida de Pobreza Suplementar), registrou um aumento alarmante em 2022, chegando a 12,4% da população, em comparação com os 7,8% registrados no ano anterior (2021). Essa drástica elevação na taxa de pobreza tem gerado preocupações no país norte-americano.

Um dos grupos mais afetados por essa tendência é o das crianças, onde a pobreza mais do que dobrou, passando de 5,2% em 2021 para 12,4% em 2022. Esse aumento na pobreza infantil é alarmante, uma vez que representa um retrocesso significativo nas condições de vida das futuras gerações.

Diversos fatores têm contribuído para esse cenário. Primeiramente, o aumento no custo de vida, incluindo habitação, alimentação e combustíveis, que tem impactado diretamente a capacidade financeira das famílias americanas. Além disso, o fim de programas de auxílios implementados durante a pandemia, que proporcionavam suporte financeiro a famílias de baixa renda, agravou a situação econômica de muitos americanos.

Uma família nos Estados Unidos é considerada pobre pela SPM se uma casa alugada com quatro pessoas tiver uma renda anual inferior a US$ 34.518. Essa linha de pobreza também foi ajustada devido à inflação, que aumentou a partir de US$ 31.453 em 2021 para US$ 34.518 em 2022. O impacto da inflação é uma das razões para a elevação da linha de pobreza e, consequentemente, da taxa de pobreza no país.


A Casa Branca, por sua vez, observa que os números de 2023 indicam uma melhora na situação, com uma redução na inflação e um aumento na renda média das famílias. No entanto, ressalta que o aumento da pobreza em 2022 se deveu principalmente ao fim dos programas de auxílio para crianças, já que o parlamento americano não quis renová-los.

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