Semana de quatro dias de trabalho é implementada no Brasil
Unsplash/Alex Kotliarskyi
Semana de quatro dias de trabalho é implementada no Brasil

A semana de quatro dias de trabalho vai começar a ser oficialmente testada no Brasil , e as empresas selecionadas foram divulgadas nesta quarta-feira (30). Ao todo, 15 companhias vão passar por um período de testes promovido pela iniciativa global 4 Day Week Global.

A semana de quatro dias já foi testada nos Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, e agora desembarca no Brasil. Na primeira etapa, que tem início em 5 de setembro, as empresas selecionadas passarão por um período de preparação e orientação, a fim de redesenhar seus processos e garantir o funcionamento dos testes.

A proposta da 4 Day Week Global não é apenas diminuir um dia de trabalho, mas também melhorar a gestão de tempo, automatizar processos, delegar tarefas e rever prioridades durante a rotina.

Veja as empresas selecionadas:

  • Editora MOL
  • Smart Duo
  • T4S - Thanks for Sharing Comunicação
  • GR Assessoria Contábil 
  • Brasil dos Parafusos
  • Abaeterno
  • Plonge
  • Haze Shift Consultoria
  • Oxygen Experiências, Capacitação e Conteúdo em Inovação
  • Alimentare Nutrição e Serviços
  • PiU Comunica
  • Innuvem
  • Inspira
  • Clementino e Teixeira Advocacia
  • Hospital Indianópolis

Como funciona a semana de quatro dias de trabalho

No Brasil, a iniciativa conta com a parceria da WeWork e da Reconnect Happiness at Work. "A WeWork apoia testes e novos formatos de trabalho. Acreditamos que só é possível transformar as relações de trabalho quando testamos novos modelos. Para nós, o escritório tem um papel muito importante de conexão e precisa ter um propósito claro. Os talentos buscam um balanço entre flexibilidade, propósito, desenvolvimento pessoal e pertencimento", afirma Felipe Rizzo, CEO da WeWork no Brasil.

Passado o período de orientação, as empresas aplicarão, a partir de novembro, a semana de quatro dias durante um período de testes de seis meses. O foco da iniciativa global é implementar um modelo 100 - 80 - 100: 100% do salário, 80% do tempo trabalhado e 100% da produtividade.

A adaptação varia de empresa para empresa. Isso significa que, nem sempre, o modelo resulta em um dia a menos de trabalho, já que em alguns casos é implementada a redução de jornada, mas mantendo os cinco dias.

Depois do período de testes, os resultados são analisados e as companhias decidem pela continuidade, ou não, do modelo. Na Austrália, 95% das empresas que passaram pelos testes quiseram continuar com a semana de quatro dias. No Reino Unido, a taxa foi de 92%; nos Estados Unidos, de 67%.

"Acredito que vamos dar um passo importantíssimo para revolucionar o mundo do trabalho, possibilitando mudanças em nossa forma de trabalhar, tornando a nossa jornada de trabalho mais produtiva e ao mesmo tempo mais saudável", afirma Renata Rivetti, fundadora da Reconnect Happiness at Work.

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